Ibovespa avança com exterior favorável; Petrobras sobe mais de 2%

Publicado em 08/08/2022 11:56

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa buscava a quinta alta seguida nesta segunda-feira, chegando a superar os 108 mil pontos momentaneamente, beneficiado pelo viés favorável a ativos de risco no exterior, com Petrobras entre os principais suportes, em alta de mais de 2%.

Às 11:41, o Ibovespa subia 1,3 %, a 107.851,16 pontos. O volume financeiro somava 8,5 bilhões de reais.

Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,85%, com agentes financeiros na expectativa de dados de inflação ao consumidor norte-americano, previstos para quarta-feira, a fim de buscar pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

"Nesta semana, a atenção dos investidores estará focada no índice de preços ao consumidor dos EUA de quarta-feira, principalmente após o relatório de empregos dos EUA, muito mais forte do que o esperado", afirmou a XP Investimentos.

Os números do mercado de trabalho, de acordo com a equipe da XP, diminuíram expectativas de que o banco central norte-americano possa ceder em sua campanha agressiva para domar a inflação e reduzir o ritmo de alta da taxa de juros.

No Brasil, o comportamento do IPCA de julho divide a atenção com a ata do Copom, ambos na terça-feira, em meio à aposta de que o Banco Central pode ter encerrado na semana passada ou finalizará em breve o ciclo de alta de juros no país.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subia 2,21%, a 35,64 reais, renovando máxima histórica intradia a 36,21 reais. De pano de fundo, o petróleo Brent tinha desempenho de -0,24%.

- VALE ON avançava 0,07%, a 68,05 reais. Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram nesta segunda-feira, ampliando ganhos à medida que a melhora das margens das siderúrgicas na China incentiva as usinas a reiniciar gradualmente os altos-fornos ociosos e aumentar as importações do ingrediente siderúrgico.

- HAPVIDA ON subia 7,44%, a 6,93 reais. Analistas do Bradesco BBI chamaram a atenção para dados da ANS sobre novas adições em planos de saúde do país, destacando o desempenho de Hapvida. Eles avaliaram que o setor continua a crescer em um ritmo forte, seguindo o mercado de trabalho. No setor, SULAMÉRICA UNIT e QUALICORP ON avançavam 5,45% e 1,95%, respectivamente.

- MAGAZINE LUIZA ON avançava 7,59%, a 3,40 reais, dando continuidade ao movimento positivo da última semana, diante da perspectiva de encerramento iminente do ciclo de alta da Selic. No setor, VIA ON era negociada em alta de 4,90%, a 3,00 reais.

- BB SEGURIDADE ON subia 2,84%, a 29,29 reais, após elevar a estimativa de resultado operacional no ano, citando crescimento maior do que o esperado em prêmios emitidos e após alta de 86,6% no lucro líquido do segundo trimestre. Analistas do Safra destacaram que os resultados da empresa, braço de participações em seguros e previdência do Banco do Brasil, foram bons e que a revisão do guidance apoia a visão de que o bom 'momentum' dos lucros deve continuar neste ano e em 2023.

- BANCO PAN PN caía 1,08%, a 7,31 reais, após queda no lucro do segundo trimestre frente ao mesmo período do ano passado, com aumento da inadimplência ano a ano. Em teleconferência, executivos do banco controlado pelo BTG Pactual afirmaram que esperam melhora da inadimplência em 2023 e que o Pan tem sido conservador na emissão e nos limites de cartões de crédito. Para analistas do Citi, o balanço do Pan trouxe sinais encorajadores de melhora na qualidade do crédito, embora ainda pareça cedo para dizer que essa é uma tendência clara.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,16%, a 24,97 reais, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre, previsto para após o fechamento do mercado.

- ELETROBRAS PNB subia 0,82%, a 50,59 reais. O novo conselho de administração da elétrica elegeu na sexta-feira o ex-presidente-executivo Wilson Ferreira Júnior para retornar ao cargo. Ferreira assumirá a posição em 20 de setembro.

- ENGIE BRASIL ON recuava 1,53%, a 42,57 reais, ampliando a queda desde a divulgação do balanço do segundo trimestre na semana passada, quando o presidente-executivo da elétrica também afirmou que a empresa decidiu ser mais conservadora na distribuição de dividendos neste trimestre para garantir caixa para investimentos e oportunidades de crescimento.

- JBS ON recuava 2,16%, a 30,41 reais, tendo de pano de fundo resultado trimestral da rival Tyson Foods no segundo trimestre, com receita acima do esperado, mas lucro aquém das expectativas, o que impunha performance de -9,5% dos papéis da companhia.

(Por Paula Arend Laier; edição de André Romani)

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