Choque de inflação leva ações europeias a mínimas de 3 meses
Por Sruthi Shankar e Bansari Mayur Kamdar
(Reuters) - As ações europeias caíram para mínimas de três meses nesta segunda-feira, depois que o aumento acentuado da inflação nos Estados Unidos levantou preocupações sobre uma alta agressiva dos juros pelo banco central norte-americano.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 2,41%, a 412,52 pontos, para seu nível mais baixo desde 7 de março.
Ações de tecnologia de alto crescimento perderam 4,2% à medida que os rendimentos dos títulos do governo atingiram máximas de vários anos com apostas de um aperto mais rápido da política monetária, com as de viagens e lazer e montadoras de automóveis também caindo 5,3% e 4,5%, respectivamente
O clima ficou obscuro após uma forte venda em Wall Street na sexta-feira, depois que dados mostraram que os preços ao consumidor nos EUA subiram 8,6% em maio na base anual, maior taxa desde 1981, levantando preocupações sobre uma alta maior, de 0,75 ponto percentual, na reunião do Fed esta semana.
"Temos muita incerteza... menos crescimento, mais inflação combinada com preocupações sobre os bancos centrais pisando no freio com muita força", disse Elwin de Groot, economista sênior do Rabobank.
O índice de volatilidade do STOXX subiu para a máxima em um mês.
O STOXX 600 perde quase 16,5% desde que atingiu um recorde em janeiro, com receios sobre a inflação em alta, o aperto da política monetária pelos bancos centrais e as recentes restrições contra a Covid-19 na China levantando preocupações sobre uma possível recessão.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,53%, a 7.205,81 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 2,43%, a 13.427,03 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,67%, a 6.022,32 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,79%, a 21.918,04 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,47%, a 8.183,30 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,18%, a 6.016,09 pontos.