Mester, do Fed, diz que inflação vai arrefecer, mas continuará acima de 2% em 2022 e 2023

Publicado em 09/02/2022 15:25

(Reuters) - A inflação nos Estados Unidos pode diminuir ainda este ano à medida que a demanda esfria e algumas das restrições de oferta são resolvidas, disse a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, nesta quarta-feira.

Mas ainda não está claro quanto tempo vai levar para que essas pressões de preços diminuam, e o banco central dos EUA precisará ajudar a reduzir a demanda ao remover parte do apoio que está fornecendo à economia norte-americana, disse ela.

"Minha expectativa é de que a inflação se modere, mas permaneça acima de 2% neste ano e no próximo", disse Mester em comentários preparados para um evento virtual organizado pelo Centro Europeu de Economia e Finanças.

"Mas esta previsão está condicionada ao Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, responsável pela definição da política monetária) tomar as medidas apropriadas."

Mester disse que, com o mercado de trabalho apertado e a inflação bem acima da meta do banco central, é hora de o Fed começar a remover as medidas expansionistas. Isso inclui aumentar os juros a partir de março e agir rapidamente para reduzir a carteira de ativos de quase 9 trilhões de dólares da autoridade monetária, que dobrou de tamanho durante a pandemia, disse ela.

A autoridade do Fed disse que apoiaria eventual venda de títulos lastreados em hipotecas para ajudar o banco central a atingir seu objetivo de ter um balanço patrimonial que invista principalmente em Treasuries.

(Por Jonnelle Marte)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Wall Street afunda com crescentes temores sobre recessão nos EUA
Ibovespa recua 2% na abertura com aversão global a risco; Bradesco sobe após resultado
Reação do mercado a riscos de recessão nos EUA é "extremada", diz presidente do Bradesco
Dólar dispara contra real e ultrapassa R$5,80 com temores de recessão nos EUA
Mercado eleva novamente previsão para inflação em 2024 e 2025 no Focus
Minério de ferro sobe com a melhora das perspectivas econômicas da China