Otan considera reforçar aliados se tropas russas permanecerem em Belarus

Publicado em 07/02/2022 12:13

Por Andrius Sytas

VILNIUS (Reuters) - A Otan pretende aumentar sua presença militar nos países bálticos e na Polônia caso a Rússia mantenha suas tropas em Belarus após um exercício militar planejado, disse o chefe do comitê militar da aliança nesta segunda-feira.

A Rússia tem 30 mil soldados na vizinha do norte da Ucrânia para exercícios militares conjuntos este mês, afirmou a Otan, elevando o total de destacamento militar russo nas fronteiras da Ucrânia para mais de 100 mil.

Os Estados Unidos enviaram 3 mil soldados para a Romênia e a Polônia na semana passada para reforçar os aliados, enquanto a Alemanha disse que está considerando ampliar sua mobilização militar na Lituânia.

Outros deslocamentos de aliados da Otan são possíveis, disse Rob Bauer, almirante holandês que chefia o principal órgão de estratégia militar da Otan.

"Onde temos tropas na aliança continuamente, nas diferentes nações - o debate sobre isso é o resultado de coisas que estão em andamento agora. Sim, estamos olhando para isso. Pode haver mudanças no futuro como resultado desses desdobramentos", disse Bauer em entrevista coletiva em Vilnius.

"Depende muito, é claro, se as tropas russas em Belarus permanecem em Belarus, acrescentou.

Moscou disse que não está planejando uma invasão da Ucrânia, mas pode tomar uma ação militar não especificada se suas exigências de segurança não forem atendidas, incluindo a promessa de que a Ucrânia nunca será admitida na Otan, uma demanda que os Estados Unidos e a aliança de segurança ocidental de 30 países consideram inaceitável.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

BC da China pede que instituições informem diariamente detenção de títulos de longo prazo, dizem fontes
Wall Street afunda com crescentes temores sobre recessão nos EUA
Ibovespa recua 2% na abertura com aversão global a risco; Bradesco sobe após resultado
Reação do mercado a riscos de recessão nos EUA é "extremada", diz presidente do Bradesco
Dólar dispara contra real e ultrapassa R$5,80 com temores de recessão nos EUA
Mercado eleva novamente previsão para inflação em 2024 e 2025 no Focus