General ex-ministro de Bolsonaro será secretário-geral do TSE nas eleições

Publicado em 14/12/2021 17:36

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) -O general Fernando Azevedo, que foi ministro da Defesa do presidente Jair Bolsonaro, será o secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022, disseram duas fontes com conhecimento da decisão nesta terça-feira.

A informação da ida de Azevedo para o TSE, que ocorrerá a partir de fevereiro do próximo ano, foi noticiada primeiramente pelo site da revista Veja e confirmada pela Reuters.

No novo cargo, o general ficará responsável por gerir licitações e questões administrativas, e terá sob sua alçada a secretaria de Tecnologia da Informação, que é responsável por cuidar de acertos em relação às urnas eletrônicas.

Bolsonaro fez duras críticas este ano ao TSE e contestou a confiança das urnas eletrônicas, afirmando que elas seriam passíveis de fraude. Ele chegou até a insinuar que poderia não aceitar o resultado das eleições do próximo ano com o atual modelo -- ele queria a impressão do voto pelas urnas.

Entretanto, a Câmara dos Deputados rejeitou a mudança do sistema e desde então o presidente reduziu as críticas às urnas, também após um comitê do TSE para verificar a legalidade dos aparelhos de votação ter incluído um representante das Forças Armadas.

Azevedo assumirá o cargo no TSE durante a presidência do ministro Edson Fachin e permanecerá à frente também na gestão Alexandre de Moraes, que comandará a corte durante as eleições, de acordo com as fontes.

O futuro secretário-geral do TSE deixou o cargo de ministro da Defesa em março, após Bolsonaro ter dado indicações de que gostaria de estreitar laços com a cúpula das Forças Armadas, em meio a um embate do presidente com a cúpula do Judiciário.

Na ocasião, Bolsonaro deslocou o chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, para a Defesa e trocou os comandantes das três Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica.

Antes de entrar para o governo, Azevedo foi assessor de Dias Toffoli na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

(Edição de Pedro Fonseca)

Fonte: Reuters

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