Fed mais duro com a inflação eleva apelo de ações de valor para alguns investidores de Wall St

Publicado em 06/12/2021 08:04

Alguns investidores estão se preparando para uma guinada "hawkish" (mais dura com a inflação) por parte do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), comprando ações de empresas cíclicas e economicamente sensíveis em torno das quais gravitaram mais cedo neste ano, à medida que aumentam as expectativas de que o banco central está se concentrando no combate à inflação.

A diferença entre as ações de crescimento e suas contrapartes focadas em valor, que incluem empresas como bancos, do setor financeiro e firmas de energia, flutuou ao longo do ano, em parte por apostas sobre a rapidez com que o Fed normalizará a política monetária.

Nos últimos dias, sinais de que o banco central se moverá mais rapidamente do que o esperado em face da alta dos preços ao consumidor abalaram as ações de empresas de crescimento e tecnologia, que também foram afetadas pela volatilidade mais ampla do mercado decorrente de preocupações com a propagação da variante Ômicron do coronavírus.

Ao mesmo tempo, alguns investidores têm fortalecido apostas nas chamadas ações de valor, esperando que apresentem um desempenho melhor em um ambiente de política monetária restritiva. Essas ações dispararam no início de 2021, com a reabertura da economia dos Estados Unidos, mas vacilaram depois que investidores gravitaram em torno das ações de tecnologia.

Entre os dados que o Fed vai observar na semana que vem estão o índice de preços ao consumidor e o núcleo da inflação, com divulgação prevista para a próxima sexta-feira.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar cai abaixo de R$5,70 com alívio externo e ata do Copom
Índices de ações têm forte alta em sessão de recuperação global
Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e melhora externa
Taxas futuras de juros têm alta firme após ata do Copom e precificam aumento da Selic em setembro
Regulamentação da reforma tributária só deve ser votada após eleições, diz Pacheco
Balança comercial brasileira tem superávit de US$7,640 bi em julho, diz ministério