Presidente da BioNTech diz que vacina provavelmente protegerá contra casos graves da Ômicron
Por Ludwig Burger e Patricia Weiss
FRANKFURT (Reuters) - A BioNTech e a Pfizer avaliam que a vacina contra Covid-19 desenvolvida em conjunto pelas duas empresas provavelmente oferecerá forte proteção contra qualquer doença grave da nova variante Ômicron do coronavírus, disse o presidente-executivo da BioNTech à Reuters.
Testes de laboratório serão feitos nas próximas duas semanas para analisar o sangue das pessoas que receberam duas ou três doses da vacina Comirnaty para avaliar se os anticorpos encontrados inativam a Ômicron, potencialmente lançando luz sobre se novas vacinas são necessárias.
"Pensamos que é provável que as pessoas tenham uma proteção substancial contra doenças graves causadas pela Ômicron", disse o presidente-executivo e co-fundador da BioNTech, Ugur Sahin. Ele especificou a doença grave como aquela que exige cuidados hospitalares ou intensivos.
Sahin disse à Reuters que espera que os testes de laboratório mostrem alguma perda de proteção vacinal contra doenças leves e moderadas devido à Ômicron, mas a extensão dessa perda é difícil de prever.
A empresa de biotecnologia está trabalhando rapidamente em uma versão melhorada de sua vacina, embora ainda não esteja claro se isso é necessário, acrescentou.
A confiança demonstrada pela BioNTech contrasta com uma sensação de alarme transmitida pelo presidente-executivo da fabricante de vacinas rival Moderna, Stéphane Bancel.
Em uma entrevista ao Financial Times, ele levantou a perspectiva de uma queda na proteção contra a nova linhagem de coronavírus das vacinas atuais, provocando uma nova preocupação nos mercados financeiros sobre a trajetória da pandemia.