Dólar fecha com variação negativa de 0,03%, a R$5,189

Publicado em 04/08/2021 17:10 e atualizado em 04/08/2021 17:40

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar oscilou ao longo do dia, mas fechou esta quarta-feira em torno da estabilidade, ao fim de uma sessão em que repercutiu dados econômicos e sinais da política monetária nos EUA em meio às expectativas para o Copom e ao ruído fiscal mais recente.

O dólar à vista teve variação negativa de 0,03%, a 5,1890 reais na venda, após variar entre 5,1653 reais (-0,48%) e 5,2466 reais (+1,08%).

A moeda começou o dia em leve queda, mas ensaiou alta posteriormente frustrada por dados mais fracos de emprego nos EUA. A partir de 11h, contudo, a cotação teve um rali puxado por dados mais fortes de serviços nos EUA e por declarações "hawkish" (pró-aumento de juros) do vice-chair do Federal Reserve, Richard Clarida.

Os dois eventos corroboraram o debate sobre redução da oferta de dinheiro barato dos EUA, que desde o ano passado tem em parte sustentado preços de ativos arriscados, como o real, em todo o mundo.

Lá fora, o índice do dólar contra uma cesta de moedas subia 0,26%, sustentando os ganhos conquistados.

Mas, no Brasil, depois de bater a máxima da sessão no fim da manhã o dólar começou a perder força, com analistas citando comportamento parecido no mercado de juros, a poucas horas da decisão do Copom.

"Virão uma alta de 1 ponto percentual e um comunicado bastante duro", disse Cláudio Pires, diretor da MAG Investimentos, prevendo que no texto o Banco Central deixará sinalizada outra elevação de juros na mesma magnitude para a reunião de 21 e 22 de setembro.

Juros mais altos beneficiam o real, pois melhoram a perspectiva de entrada de recursos para investimento na renda fixa, potencialmente elevando a oferta de dólares e, assim, baixando o preço da moeda.

Mas o mercado de câmbio segue mantendo prêmio de risco acumulado desde a última sexta-feira, quando o dólar deu um salto impulsionado por renovada insegurança fiscal. O dólar futuro tinha alta de 2,6% frente ao real desde então, enquanto no mesmo intervalo a moeda subia entre 0,1% e 0,6% ante peso mexicano, rublo russo e lira turca, alguns dos principais pares do real.

"É normal o mercado pedir esse prêmio, não só pelos precatórios, mas pela reforma tributária, que todo dia tem um capítulo novo... Se houver alguma renúncia fiscal (na reforma tributária), menor arrecadação, é mais pressão sobre as contas", disse Pires, da MAG Investimentos.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Rússia rejeita apelo de Trump para trégua na Ucrânia, mas está pronta para negociações
Ibovespa oscila pouco nos primeiros negócios após Natal
China revisa para cima PIB de 2023 mas vê pouco impacto no crescimento de 2024
Dólar se reaproxima dos R$6,20 com temor fiscal e exterior; BC não atua
Índice europeu STOXX 600 sobe com impulso da Novo Nordisk no início da semana de Natal
Zelenskiy diz que Coreia do Norte pode enviar mais soldados e equipamento para Rússia
undefined