Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA caem; PIB cresce 6,4% no 1º tri
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Um número menor de norte-americanos entrou com novos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada conforme a recuperação do mercado de trabalho da pandemia Covid-19 ganha força em meio à reabertura da economia, mas a escassez de trabalhadores dispostos a trabalhar ainda pode impedir o crescimento mais rápido do emprego no curto prazo.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego do Estado caíram 7 mil para um número com ajuste sazonal de 411 mil na semana encerrada em 19 de junho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os pedidos aumentaram na semana anterior pela primeira vez desde abril, com economistas atribuindo o aumento à volatilidade após o feriado norte-americano "Memorial Day", em 31 de maio.
"Fatores sazonais imprecisos em torno do fim de semana do feriado do Memorial Day provavelmente contribuíram para o aumento nos pedidos iniciais, então o aumento deve ser temporário", escreveram economistas do Bank of America Securities em Nova York em uma nota.
Economistas consultados pela Reuters previam 380 mil novos pedidos para a última semana.
Os registros caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.
Em relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio confirmou a aceleração do crescimento econômico no primeiro trimestre, graças ao forte estímulo fiscal.
O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 6,4% em taxa anualizada no último trimestre, disse o governo em sua terceira e última estimativa de crescimento para o primeiro trimestre do ano. A leitura não revisou a estimativa publicada no mês passado. A economia cresceu a uma taxa de 4,3% no quarto trimestre.
O crescimento neste segundo trimestre é projetado em torno de 10%.