Com aval de NY, Ibovespa fecha em alta e se aproxima de máxima histórica
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, aproximando-se da máxima histórica, favorecido por Wall Street e com as units do Banco Inter disparando quase 25%, após divulgar acordo com StoneCo e planos de listagem na Nasdaq.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,17%, a 124.031,62 pontos, aproximando na máxima histórica de fechamento de 125.076,63 pontos de 8 de janeiro. O recorde intradia é de 125.323,53 pontos. O volume financeiro da sessão somou 28,8 bilhões de reais.
Em Nova York, o S&P 500 encerrou em alta de 0,99%, em sessão positiva para o setor de tecnologia, apoiado na queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.
"A expectativa de recuperação econômica junto ao avanço da vacinação nos EUA são contrapontos em relação à preocupação de uma terceira onda de Covid no Brasil e em outros países em desenvolvimento", avaliou o líder de Operações de Renda Variável da Bluetrade, Patrick Johnston de Oliveira.
DESTAQUES
- BANCO INTER UNIT disparou 24,83%, após o banco digital anunciar planos para listagem de papéis na Nasdaq e que também planeja uma oferta de ações no Brasil em que a StoneCo vai investir até 2,5 bilhões de reais, equivalentes a até 4,99% do capital social da instituição. STONECO subiu 0,16% em Nova York.
- MAGAZINE LUIZA ON valorizou-se 7,93%. Relatório do BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações e elevou o preço-alvo de 23 a 26 reais. Os analistas disseram que embora o curto prazo pareça menos otimista dada a desaceleração no canal online, "o legado de consumidores migrando para o digital e os recentes investimentos para aumentar o engajamento em sua plataforma devem levar para uma expansão mais forte do GMV e melhoria da lucratividade nos próximos anos".
- LOCAWEB ON subiu 7,54%, acompanhando o desempenho mais forte de ações de tecnologia, reduzindo as perdas acumuladas em maio até o momento. No mesmo contexto, TOTVS ON fechou em alta de 5,41%.
- BRF ON fechou em baixa de 2,67% após subir quase 29% na semana passada, com a Marfrig confirmando no final da sexta-feira a compra de cerca de 24% do capital da dona das marcas Sadia e Perdigão. MARFRIG ON caiu 0,33%. Uma fonte ouvida pela Reuters afirmou que a Marfrig tentou adquirir o controle da rival Minerva antes de anunciar o operação com as ações da BRF. MINERVA ON subiu 1,76%.
- IGUATEMI ON perdeu 2,14%, reflexo de realização de lucros, uma vez que até a última sexta-feira figurava entre as maiores valorizações do Ibovespa em maio. Analistas do Bradesco BBI iniciaram a cobertura do setor de shopping centers com recomendação "neutra" para Iguatemi, argumentando que veem alternativas estratégicas limitadas para crescer além do portfólio existente e flexibilidade limitada para movimentos estratégicos revolucionários.
- VALE ON subiu 0,35%, revertendo perdas do começo da sessão, apesar de mais um tombo nos preços do minério de ferro na China, após o órgão de planejamento estatal chinês ter alertado sobre manipulações de preços de commodities e afirmado que vai agir para conter negociações especulativas. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN caiu 2,89% e CSN ON recuou 1,03%, mas USIMINAS PNA fechou com acréscimo de 0,91%.
- PETROBRAS PN subiu 1,7%, alinhada com a alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia também anunciou programa de investimentos de 300 milhões de dólares até 2025 para refinarias que não estão no seu plano de desinvestimentos.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN cederam 0,27% cada.
(Edição de Aluísio Alves)