Putin e Biden podem se reunir em junho, diz assessor do Kremlin

Publicado em 25/04/2021 16:38

MOSCOU (Reuters) - O presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo americano Joe Biden podem se reunir em junho, informou a agência de notícias RIA no domingo, citando um assessor do Kremlin, em meio a tensões latentes entre Moscou e o Ocidente.

O assessor de política externa, Yuri Ushakov, disse que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a reunião.

"Tomaremos uma decisão dependendo de muitos fatores", disse Ushakov, que foi o embaixador russo nos Estados Unidos de 1998 a 2008.

Separadamente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, citado pela RIA, disse no domingo que a proposta de Biden para o encontro foi recebida "positivamente" e agora está sendo considerada.

O jornal russo Kommersant, citando fontes não identificadas, disse que Biden ofereceu a Putin um encontro entre 15 e 16 de junho em um país europeu.

O Kremlin não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Reuters.

Putin e o então presidente dos EUA, Donald Trump, realizaram um encontro em Helsinque em julho de 2018.

No início deste mês, Biden pediu a Putin que reduzisse as tensões provocadas por um aumento militar russo na fronteira com a Ucrânia e propôs uma cúpula para lidar com uma série de disputas.

O Kremlin disse na época que uma cúpula dependeria do comportamento dos EUA, supostamente dizendo a Washington para descartar um plano para impor novas sanções à Rússia.

Os laços Rússia-EUA tiveram um novo revés no pós-Guerra Fria no mês passado, depois que Biden concordou quando questionado em uma entrevista se ele pensava que Putin era um "assassino" e Moscou chamou de volta seu embaixador em Washington para consultas.

Comandante dos EUA no Afeganistão afirma que medidas para encerrar missão militar no país já foram iniciadas

CABUL (Reuters) - O comandante das forças estrangeiras no Afeganistão, o general do exército norte-americano Scott Miller, disse neste domingo que a retirada ordenada das forças estrangeiras e a entrega de bases militares e equipamentos para as forças afegãs já foram iniciadas.

Miller disse que estava agindo sob ordens baseadas na decisão do presidente Joe Biden de encerrar a guerra mais longa dos EUA, considerando que o conflito prolongado e difícil de controlar no Afeganistão não está mais alinhado com as prioridades americanas.

No início deste mês, Biden disse que retiraria as tropas do Afeganistão antes de 11 de setembro, data que marca o 20º aniversário dos ataques terroristas ao World Trade Center e ao Pentágono que provocaram o início da guerra afegã.

Miller, que comanda as forças dos EUA e a Missão Apoio Resoluto da Otan no Afeganistão em sua luta contra o Taleban e outros grupos islâmicos desde 2018, disse que as forças estrangeiras continuarão a ter "os meios militares e a capacidade de se protegerem totalmente durante a retirada em curso e apoiarão as forças de segurança afegãs."

"Tive a oportunidade de falar com membros do Taleban e com a Comissão Política do Taleban e disse a eles que retornar à violência, algum acontecimento que forçaria uma decisão militar, seria uma tragédia para o Afeganistão e o povo afegão", Miller disse a jornalistas na capital Cabul.

O Taleban governou o Afeganistão de 1996 a 2001, quando foi derrubado pelas forças lideradas pelos EUA. Desde então, eles travam uma insurgência e agora controlam amplas faixas de território.

Fonte: Reuters

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