Pfizer e EUA se preparam para dose de reforço contra Covid-19 dentro de 1 ano

Publicado em 15/04/2021 19:47

(Reuters) - Os Estados Unidos estão se preparando para a possibilidade de uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 ser necessária no período entre nove e 12 meses após a vacinação inicial contra o vírus, anunciou uma autoridade da Casa Branca nesta quinta-feira. 

Enquanto a duração da imunidade adquirida após a vacinação está sendo estudada, as doses de reforço podem ser necessárias, afirmou David Kessler, diretor científico da força-tarefa do presidente norte-americano, Joe Biden, para a Covid-19, em uma reunião em um comitê do Congresso.

"O atual pensamento é que os que são mais vulneráveis precisarão ir primeiro", afirmou.

O diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que as pessoas "provavelmente" precisarão de uma terceira dose de reforço das vacinas da Covid-19 em 12 meses e que poderiam precisar de doses anuais, reportou a CNBC de acordo com seus comentários feitos no dia 1 de abril, e que foram divulgados na quinta-feira. 

Dados iniciais mostram que as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech mantêm a maior parte de sua eficácia por pelo menos seis meses, após isso, o período de duração ainda não foi determinado. 

Mesmo se a proteção durar mais do que seis meses, especialistas dizem que as variantes do coronavírus que se espalham rapidamente ou ainda outros vírus poderiam surgir e levar à necessidade de doses regulares de reforço, semelhantes às vacinas anuais contra a gripe.

Os Estados Unidos também estão rastreando as infecções em pessoas que foram vacinadas por completo, afirmou Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças em uma audiência de um subcomitê da Câmara dos Deputados.

Brasil registra 3.560 novas mortes por Covid-19 e total supera 365 mil

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta quinta-feira 3.560 novos óbitos em decorrência da Covid-19, voltando a engatar três dias consecutivos com mais de 3 mil óbitos e atingindo uma contagem total de 365.444 vítimas fatais da doença, segundo o Ministério da Saúde.

Também foram contabilizados 73.174 novos casos de coronavírus, o que eleva o total de infecções no país a 13.746.681, de acordo com o ministério.

O Brasil possui o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, e a terceira maior contagem de casos, abaixo dos EUA e da Índia.

Atualmente, segundo levantamento da Reuters, o país é responsável por um em cada quatro óbitos pela doença registrados em todo o mundo a cada dia, na esteira de seu pior momento desde o início da pandemia.

As autoridades informam que 12.236.295 pessoas se recuperaram e que  1.144.942 permanecem em acompanhamento.

MÉDIA DE MORTES E CASOS (no poder360)

A média de novas mortes confirmadas está em 2.917. É o menor patamar desde a 5ª feira anterior (8.abr), quando a curva chegou a 2.820.

Já a curva de novos casos está em 66.689. É o 3º dia consecutivo que a média cai.

 

 

A média móvel matiza variações abruptas, sobretudo porque aos finais de semana há menos servidores trabalhando na secretaria, o que reduz os registros. A curva é uma média do número de ocorrências confirmadas nos últimos 7 dias.

MORTES PROPORCIONAIS

O Brasil tem 1.713 mortes por milhão de habitantes. Apenas o Maranhão tem taxa inferior a 1.000 mortos por milhão.

O Brasil é o 13º no ranking mundial. A República Tcheca, que lidera a lista, tem 2.622 vítimas por milhão.

 

Brasil busca medicamentos de intubação no exterior para enfrentar emergência por escassez

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil está negociando com países parceiros o recebimento de medicamentos para intubação de pacientes de Covid-19, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em meio à "situação de emergência" vivida com a escassez desses insumos.

Queiroga destacou, em entrevista coletiva, um acordo já fechado com a Espanha, além de uma compra internacional realizada pelo ministério por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O ministro não detalhou as quantidades.

"O Ministério da Saúde, em parceria com a Opas, fez uma compra internacional desses insumos que visam recuperar o nosso estoque. Além dessa ação junto à Opas, a relação bilateral do Brasil com outros países, aqui eu destaco a Espanha, também trará a curto prazo medicamentos para nos atender nessa situação de emergência", afirmou.

Uma doação de medicamentos da Espanha tem previsão de saída do país europeu no final da próxima semana, segundo informou em nota o Ministério das Relações Exteriores.

Na coletiva, Queiroga também mencionou uma doação realizada por um pool de empresas de 2,3 milhões de medicamentos para intubação. Os remédios chegaram nesta quinta-feira ao país e serão redistribuídos imediatamente aos Estados, segundo ele.

O Brasil vive atualmente o momento mais grave da pandemia de Covid-19, com uma média diária superior a 3 mil mortos pela doença, e vários Estados apontaram problemas com o abastecimento de medicamentos do chamado "kit intubação", tanto na rede pública quanto na privada.

No Estado de São Paulo, o mais rico e de maior população do país, por exemplo, a Secretaria de Saúde disse na quarta-feira ter estoque somente para "alguns dias" e em outros locais, como em cidades do Rio de Janeiro, há relatos de pacientes tendo de ser amarrados em leitos enquanto ficam intubados devido à falta de sedativos.

"Eu nunca achei que fosse vivenciar uma situação dessas depois de 20 anos fazendo medicina intensiva", disse Aureo do Carmo Filho, médico de UTI no Rio de Janeiro, em entrevista à Reuters.

"O uso de contenção mecânica em pacientes sem sedativos é uma má prática... o paciente é submetido a uma forma de tortura. Então, a falta desses medicamentos tem feito a gente sofrer muito", acrescentou.

OXIGÊNIO

De acordo com o ministro, além da dificuldade com os medicamentos para intubação, o Brasil também ainda enfrenta problemas no abastecimento de oxigênio. No início do ano, muitos pacientes de Covid-19 morreram em unidades de saúde do Amazonas por falta do insumo, e a escassez tem se espalhado pelo país.

"Essas dificuldades não são só com esses insumos, há dificuldades com o oxigênio, como vocês sabem", afirmou.

Diante da escassez de medicamentos, o Ministério da Saúde fez uma requisição administrativa para fabricantes e distribuidores com vistas a centralizar as compras e posterior distribuição a Estados e municípios. Governos locais, no entanto, reclamam da continuidade da falta dos remédios e da dificuldade em adquiri-los diretamente dada a requisição do ministério.

Segundo o ministério, as demandas dos Estados têm sido atendidas dentro das possibilidades, com mais de 550 mil unidades desses medicamentos enviadas este ano apenas para SP. De acordo com a pasta, todos os Estados discutem junto ao ministério a distribuição em reuniões do conselho dos secretários estaduais de Saúde, levando em conta a gravidade da situação em cada local.

Queiroga afirmou ainda que os próprios governadores deveriam estar buscando compras internacionais dos insumos, assim como feito pelo ministério e até por empresas privadas.

"Não adianta só ficar enviando ofício para o Ministério da Saúde", afirmou.

"A obrigação de todos nós que somos gestores públicos, do Ministério da Saúde, dos secretários estaduais, numa ação conjunta, é suprir o mercado nacional desses insumos. Não é hora de ficar um atirando no outro."

Fonte: Reuters/Poder360

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