Brasil recebe 1 milhão de doses de vacinas da Covax Facility neste domingo

Publicado em 21/03/2021 16:21
Vacina da AstraZeneca; enviada pela Aliança global da OMS. É o 1º lote para o país

Neste domingo (21.mar.2021) o Brasil recebe o 1º lote de vacinas da aliança global Covax Facility. Segundo o Ministério da Saúde, 1.022.400 de doses da AstraZeneca devem ser entregues ao governo às 18h, em São Paulo.

De acordo com o cronograma da pasta, o consórcio deve enviar ao Brasil mais 8 milhões de doses. Serão mais 1,9 milhão de vacinas até o fim de março e outras 6,1 milhões de doses até maio. As datas exatas ainda não foram divulgadas. No 2º semestre outras 3 milhões de unidades devem ser entregues ao governo.

A Covax Facility é uma aliança global, com mais de 150 países. Ela foi criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para incentivar o desenvolvimento e a distribuição de vacinas. O acordo com o Brasil é para a entrega de 42,5 milhões de doses, um investimento de R$ 2,5 bilhões. Esse número de vacinas, com aplicação em 2 doses, consegue cobrir o equivalente a 10% da população brasileira, de acordo com o contrato entre o governo e a aliança.

Cerca de 10 milhões das vacinas destinadas ao programa de imunização brasileiro serão da AstraZeneca. A vacina tem o registro de uso definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já é utilizada nas campanhas estaduais de vacinação contra a covid-19.

Após a entrega deste domingo (21.mar), as doses da vacina da AstraZeneca irão para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para inspeções de controle de qualidade. A fundação é a parceira do laboratório no Brasil para a produção e distribuição do imunizante contra a covid-19. Depois desta etapa, o Ministério da Saúde deve enviar os lotes para os Estados, de acordo com o PNI (Plano Nacional de Imunização).

Neste final de semana, o governo federal também anunciou a distribuição de mais 5 milhões de doses de vacinas contra covid-19 aos Estados e ao Distrito Federal. Para o mês de março, além de 2,9 milhões de vacinas da Covax Facility, o ministério planeja distribuir 23,3 milhões da CoronaVac, enviados pelo Butantan em remessas semanais e distribuídas na mesma periodicidade; 3,8 milhões da AstraZeneca/Oxford, vindas da Fiocruz.

Índia vai atrasar envio de vacinas da AstraZeneca para o Brasil, diz agência

Eram previstas 8 mi de doses; Prioridade é imunização interna na Índia (Poder360)

O envio de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford para o Brasil pelo laboratório indiano Instituto Serum vai atrasar, afirma a agência de notícias Reuters. Os novos envios devem demorar mais do que o esperado por demandas internas.

Entre os motivos está o desejo da Índia de acelerar a imunização de sua população depois de pressiona da opinião pública. Segundo dados do Our World in Data, o país vacinou apenas 11,6 milhões de pessoas até este sábado (20.mar.2021). A Índia tem 1,353 bilhão de habitantes.

Com isso, entregas para o Brasil, Arábia Saudita e Marrocos serão afetadas. O governo brasileiro esperava receber nos próximos meses 8 milhões de doses da vacina da AstraZeneca do laboratório indiano. As remessas seriam divididas em lote de 2 milhões de doses de abril a julho, segundo o último cronograma de recebimento de vacinas do Ministério da Saúde.

Novas datas não foram informadas. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) espera receber o cronograma do Instituto Serum em abril. A fundação tem o acordo com o laboratório indiano e com a AstraZeneca para a distribuição e produção da vacina no país.

Para evitar grandes atrasos, o Instituto Serum, segundo apurado pela Reuters, irá expandir sua capacidade produtiva. O laboratório quer aumentar sua produção mensal para 100 milhões de doses até maio. Atualmente, a produção é de até 70 milhões de doses.

OUTRAS REMESSAS

Neste domingo (21.mar), o Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 1 milhão de doses da vacina da AstraZeneca do Covax Facility. É o 1º lote entregue ao governo brasileiro pela aliança global criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O governo espera mais 1,9 milhão de vacinas até o fim de março e outras 6,1 milhões de doses até maio. As datas exatas ainda não foram divulgadas. Atrasos são possíveis, segundo o contrato do Ministério da Saúde com o consórcio.

Pela 1ª vez, cidade de São Paulo registra falta de oxigênio em hospitais

Problema de logística, diz prefeitura; Pacientes foram transferidos (Poder360)

Cilindros de oxigênio em fábrica da empresa White Martins

Pela 1ª vez desde o início da pandemia, a cidade de São Paulo registrou falta de oxigênio para o tratamento de pacientes com covid-19. Na noite de 6ª feira (19.mar.2021), 10 pacientes foram transferidos por falta do insumo médico em uma das unidades de saúde da cidade mais populosa do Brasil.

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, não recebeu os cilindros necessários, segundo a prefeitura. A empresa White Martins, produtora dos cilindros utilizados nos hospitais, negou qualquer atraso ou problema de fornecimento.

O Hospital Municipal Doutor Ignácio de Proença Gouveia também chegou perto do desabastecimento de oxigênio. Mas uma nova remessa foi feita a tempo de impedir a transferência de pacientes.

 

De acordo com Edson Aparecido, secretário de Saúde da cidade de São Paulo, não há falta de oxigênio, apenas um problema de logística de distribuição. Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou que a UPA pediu o reabastecimento de oxigênio às 11h da manhã de 6 ª feira (19.mar), mas o pedido não foi atendido rápido o suficiente para o atendimento dos pacientes.

“A empresa não conseguiu nos atender até o final da tarde, e aí a equipe médica tomou a atitude correta de fazer a transferência dos dez pacientes para o Hospital Itaquera”, disse.

Aparecido afirmou ainda que a cidade tem enfrentado problemas na distribuição por causa do aumento da demanda. Segundo ele, unidades que abasteciam o estoque de oxigênio uma vez por semana, passaram a fazer o abastecimento 3 vezes por dia. O secretário disse que a prefeitura está em busca de novos fornecedores e usinas para suprir a demanda da pandemia.

Em nota ao jornal O Estado de São Paulo, a empresa White Martins negou que faltou oxigênio na UPA de Ermelino Matarazzo. “O sistema de abastecimento de oxigênio na unidade funcionou para que o produto continuasse sendo fornecido ininterruptamente, conforme as normas vigentes no país“, diz a empresa.

De acordo com a nota, a UPA consumiu todo o oxigênio do tanque na 6ª feira e o sistema passou a usar a central reserva dos cilindros. Antes que a reserva acabasse, o reabastecimento do tanque foi realizado. Mas a empresa alertou também que o uso do oxigênio dessa forma em UPAs causa problemas no sistema e no abastecimento.

“A White Martins tem alertado exaustivamente seus clientes sobre os riscos envolvidos na transformação de unidades de pronto atendimento em unidades de internação para pacientes com Covid-19 sem um planejamento adequado“, diz em nota.

ESTADO DE SÃO PAULO

Na noite de sábado, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) afirmou que o Estado está em busca de novos contratos para garantir o suprimento de oxigênio nas unidades de saúde estaduais. Em seu perfil no Twitter, ele afirmou que o tema será tratado na 2ª feira (22.mar) em uma reunião com empresas do setor.

“O Governo de SP, através da Secretaria de Saúde, está negociando com os maiores fabricantes de oxigênio do país novos contratos para garantir o fornecimento adicional de oxigênio aos hospitais estaduais de SP. Nesta segunda-feira, às 9h, teremos nova reunião com empresas do setor“, afirmou.

Até o momento não há relatos de falta de oxigênio nos hospitais estaduais de São Paulo.

Fonte: Poder360

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