ONS eleva projeção de carga de energia no mês apesar de restrições por Covid-19

Publicado em 19/03/2021 14:40

SÃO PAULO (Reuters) - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou a projeção para a carga de energia do sistema interligado do Brasil neste mês, ao apontar expectativa de aumento de 3,7% na comparação com março passado, mesmo em meio a novas medidas restritivas adotadas pelo país para tentar deter o avanço da Covid-19.

O órgão estimava na semana anterior um aumento de 2,3% na demanda, com salto de 5,6% na região Norte e 4,3% no Nordeste, seguidos por Sudeste/ Centro-Oeste (+2%) e Sul (+0,2%).

Em boletim nesta sexta-feira, o ONS elevou as previsões para todas as regiões, vendo um aumento de carga de 6,7% no Norte e de 4,7% no Nordeste.

No Sudeste-Centro/Oeste, o ONS ampliou a projeção para alta de 3,4%, mesmo com novas medidas restritivas anunciadas por Estados como São Paulo e Rio de Janeiro. No Sul, a demanda deve subir 2,6% frente ao ano anterior.

CHUVAS, TÉRMICAS

O ONS ainda apontou que as chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração de energia do Brasil, devem representar neste mês 77% da média histórica para o período, ante 78% na semana passada, mesmo em meio à época de chuvas na proximidade dos lagos das usinas.

No Nordeste, segunda região em reservatórios, as precipitações foram vistas em 67%, sem mudança frente à semana passada, enquanto o Sul deve atingir 107%, também praticamente estável.

O ONS ainda reduziu as perspectivas de geração térmica para atendimento à demanda na próxima semana, para 4,68 gigawatts, ante 5,15 gigawatts no relatório da semana anterior.

(Por Luciano Costa)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Dow Jones batem recordes em meio a fortes resultados de bancos
Ibovespa fecha em queda descolado de NY com fiscal em foco; Vale sobe
STOXX 600 atinge pico em uma semana com foco em estímulos da China e balanços
ONS reduz previsão para reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste a 39,4% ao final de outubro
Dólar sobe na contramão do exterior com aversão a risco acentuada no Brasil
S&P 500 e Dow sobem com impulso de balanços de grandes bancos