Brasil registra 1.800 novas mortes por Covid-19, 2a. maior cifra diária (9.671.410 pessoas recuperadas e 935.047 internadas)

Publicado em 05/03/2021 21:13

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou nesta sexta-feira 1.800 novos óbitos em decorrência da Covid-19, a segunda maior marca diária desde o início da pandemia, e atingiu um total de 262.770 vítimas fatais da doença, segundo o Ministério da Saúde.

O número desta sexta supera o da véspera, quando foram verificadas 1.699 mortes --até então segunda maior cifra para um único dia--, e fica abaixo somente dos 1.910 óbitos contabilizados na última quarta-feira.

Com isso, a média móvel de 14 dias das notificações de mortes por Covid-19 no Brasil bate novo recorde, saltando para 1.290, conforme os dados do governo.

Passando por seu pior momento na epidemia, com uma nova onda de contaminações, óbitos e sistemas de saúde sobrecarregados, o Brasil também contabilizou nesta sexta 75.495 novos casos de coronavírus, o que eleva o total de infecções no país a 10.869.227.

A marca também é a segunda maior para um só dia desde o início da pandemia, ficando abaixo apenas da registrada em 7 de janeiro, de 87.843 contaminações.

O Brasil é o segundo país com maior número de óbitos por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu a situação da Covid-19 no Brasil, agravada pelo avanço da nova variante inicialmente detectada em Manaus, como muito preocupante. O principal especialista em emergências da entidade, Mike Ryan, afirmou nesta sexta-feira que "não é hora de o Brasil ou qualquer outro lugar relaxar".

Estado brasileiro mais afetado pela doença em números absolutos, São Paulo atingiu as marcas de 2.093.924 casos e 61.064 mortes.

O secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, comparou a situação da pandemia a uma guerra. "Nós estamos na maior crise pandêmica do nosso país, com grande número de mortos por dia. Isso é inadmissível, nós temos que conter a velocidade de expansão da pandemia no nosso meio", disse ele em entrevista coletiva.

Conforme os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus, com 908.869 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, somando 33.607 mortes.

O Brasil ainda possui, segundo o governo, 9.671.410 pessoas recuperadas da Covid-19 e 935.047 pacientes em acompanhamento.

Maioria do STF confirma aval para governadores decretarem medidas de isolamento

BRASÍLIA (Reuters) - A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o aval dado a Estados, Distrito Federal e municípios para tomar medidas de restrição social no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, em julgamento virtual da corte previsto para ser encerrado nesta sexta-feira.

Até o momento, nove ministros se posicionaram nesse sentido. O julgamento virtual deve confirmar a liminar dada em dezembro pelo ministro Ricardo Lewandowski e manter a vigência das regras para os entes regionais adotarem medidas sanitárias contra o Covid-19 mesmo após o fim, em dezembro, do Estado de calamidade.

Até o momento, apenas o ministro Marco Aurélio Mello foi o único a divergir do entendimento. O ministro Kássio Nunes foi o único que até agora não votou.

A decisão do STF ocorre num momento em que Estados e prefeituras têm adotado duras medidas de restrição social para conter o avanço recente dos números de mortes e casos de Covid-19.

Nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar governadores e prefeitos que têm implementados essas medidas, dizendo que é preciso enfrentar o problema da pandemia de "peito aberto".

Desde o início do ano passado, quando o STF definiu pela primeira vez a competência dos entes federados no enfrentamento da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro tem usado a decisão da corte para dizer que não pode tomar medidas de restrição social e que isso é competência somente de Estados e municípios.

Contudo, o Supremo disse na ocasião que a competência da União, estados e municípios nessas questões são concorrentes e que caberia ao governo federal a coordenação nacional das ações.

Fonte: Reuters

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