BC vende US$1 bi em swaps com real liderando quedas globais; mercado teme ingerência política

Publicado em 22/02/2021 13:30

O Banco Central vendeu 1 bilhão de dólares em novos contratos de swap cambial tradicional nesta segunda-feira, num dia já de outras operações do BC no câmbio e marcado pela disparada do dólar e aversão a risco no Brasil diante de temores de interferência política na Petrobras (PETR4.SA> e em outras empresas e setores.

O anúncio da oferta líquida de swap ocorreu às 11h06, exato horário em que o dólar à vista bateu a máxima do dia, de 5,535 reais (+2,79%).

O BC cancelou esse comunicado e divulgou outro às 11h11, no qual alterou o horário de realização do leilão para 11h15-11h25, ante 11h15-11h20 informado inicialmente.

Foram vendidos 11.700 contratos de swap cambial para o vencimento 1º de outubro de 2021 e 8.300 para 1º de junho. O dólar chegou a desacelerar os ganhos, descendo a 5,4757 reais na mínima pós-anúncio da operação, mas voltou a ganhar força e subia 2,05%, para 5,4950 reais.

No último dia 9, o BC também havia realizado oferta líquida de até 1 bilhão de dólares em swaps, vendendo todo o lote em duas operações.

O leilão de novos swaps pelo BC visou reduzir o gap de depreciação entre o real e seus pares. Ainda assim, enquanto o dólar subia cerca de 2% aqui, a moeda ganhava 1,4% ante peso mexicano e lira turca e 0,9% contra o rand sul-africano.

O BC também fez nesta sessão operações para rolagem de contratos de swap cambial vincendos em abril e de linhas de dólares com compromisso de recompra que vencem em março.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Proposta determina ressarcimento a produtor rural em caso de perdas decorrentes da falta de luz
Lula diz não ter decisão sobre nomes para o BC e espera Haddad
BC faz ajustes em segurança do Pix e estabelece junho de 2025 para lançamento de Pix Automático
Kamala chama legado de Biden de "inigualável" conforme lança sua campanha presidencial
Lula diz que governo fará bloqueio orçamentário "sempre que precisar"
Lula se diz assustado com retórica de Maduro e pede respeito a resultado da eleição na Venezuela