Em estreia na Otan, Biden pretende reconstruir confiança quebrada por Trump

Publicado em 15/02/2021 17:40

Por Phil Stewart e Idrees Ali e Robin Emmott

WASHINGTON/BRUSSELS (Reuters) - A administração do presidente Joe Biden usará uma reunião da Otan nesta semana para iniciar o que se espera seja um esforço de anos para reconstruir a confiança com os aliados europeus abalados pela política externa "América em Primeiro Lugar" de Donald Trump.

Autoridades dos EUA, falando à Reuters em condição de anonimato antes do evento, disseram que o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizaria o compromisso dos EUA e o apreço pela aliança transatlântica após a hostilidade aberta de Trump.

A reunião dos ministros da defesa da Otan, a ser realizada virtualmente em 17 e 18 de fevereiro, é o primeiro grande evento europeu desde a posse de Biden em 20 de janeiro. Biden fará comentários em uma reunião virtual do fórum de segurança de Munique em 19 de fevereiro.

"A confiança é algo que não pode ser construído da noite para o dia, é algo que leva tempo. É preciso mais do que palavras. É preciso agir", disse um oficial de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato para discutir os objetivos do governo para a reunião da Otan.

Para ressaltar as opiniões de Biden sobre a Otan, a Casa Branca até fez uma rara iniciativa de divulgar um vídeo em 27 de janeiro da primeira conversa do presidente dos EUA com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, na qual ele usou a palavra "sagrado" para descrever o compromisso dos EUA à defesa coletiva.

Ainda assim, Biden pode enfrentar uma batalha difícil na Europa, que viu Washington, com Trump, suspender seus compromissos, incluindo a retirada do acordo nuclear com o Irã e do acordo climático de Paris.

A descrição de Trump da Otan como uma organização em crise, arrastada por membros retardatários, deixou muitos aliados europeus se sentindo exaustos.

"Acabamos de passar quatro anos sem nos falar e o mundo é muito diferente de quatro anos atrás. Biden precisa fazer um grande conserto na Europa", afirmou um diplomata europeu.

Fonte: Reuters

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