Economias de América Latina e Caribe têm caminho difícil pela frente, diz FMI
A atividade econômica da América Latina e do Caribe não retornará a níveis pré-pandemia de produção até 2023, e o PIB per capita alcançará esses níveis apenas em 2025, mais tarde do que em outras partes do mundo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira.
Entre os fatores contribuintes, o Fundo listou a falha em conter as novas infecções por Covid-19, a imposição de novos lockdowns por coronavírus e mudanças no comportamento das pessoas.
"O ressurgimento da pandemia no final do ano ameaça impedir uma recuperação já desigual e aumentar os altos custos sociais e humanos", disseram economistas do FMI em um blog.
O FMI disse que uma recuperação fraca nos mercados de trabalho provocará danos sociais mais permanentes, enquanto a mudança no sentimento do investidor internacional "pressionará países com vulnerabilidades fiscais e externas".
Na semana passada a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que o aumento da dívida na região não é a principal preocupação do fundo.
"O que estamos pedindo na América Latina é, por favor, concentrem-se nas reformas que trarão mais vitalidade para o crescimento", disse ela.
As projeções mais recentes do FMI apontam que o PIB na América Latina e Caribe crescerá 4,1% em 2021 e 2,9% em 2022.