Câmara dos EUA aprova auxílio contra coronavírus de US$ 2 mil proposto por Trump

Publicado em 28/12/2020 20:04 e atualizado em 28/12/2020 20:36

WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, liderada pelo Partido Democrata, aprovou nesta segunda-feira, por 275 a 134 votos, a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, para o pagamento de 2 mil dólares de auxílio para pessoas afetadas pela pandemia de Covid-19, enviando a medida para um futuro incerto no Senado controlado pelos republicanos. 

Na semana passada, Trump ameaçou bloquear um imenso pacote de auxílio e de investimentos em resposta à pandemia se o Congresso não aumentasse o pagamento do auxílio de 600 para 2 mil dólares e cortasse outros gastos. Ele retrocedeu em suas exigências no domingo, uma vez que um possível fechamento do governo provocado pela briga com os parlamentares parecia se aproximar. 

Mas os parlamentares democratas há muito queriam os pagamentos de 2.000 dólares e utilizaram o raro ponto em comum com o republicano Trump para aprovar a proposta --ou ao menos para evidenciar publicamente que alguns republicanos eram contra a medida-- em uma votação nesta segunda-feira. 

Votaram contra a proposta 130 republicanos, 2 independentes e 2 democratas nesta segunda-feira.

Trump sancionou o pacote de 2,3 trilhões de dólares no fim de semana, mas manteve a exigência pelos cheques de 2.000 dólares. O pacote inclui 1,4 trilhão de dólares em gastos para financiar agências governamentais e 892 bilhões em pagamentos de alívio para pessoas e empresas afetadas pela Covid.

Não está claro como a medida para aumentar os cheques de ajuda se sairá no Senado, onde legisladores republicanos individuais disseram que o valor mais alto acrescentaria centenas de bilhões de dólares ao último projeto de ajuda.

A pandemia de coronavírus matou cerca de 330.000 pessoas nos Estados Unidos e levou a dificuldades econômicas generalizadas, com milhões de famílias contando com benefícios de desemprego e fundos de auxílio para sobrevier.

Biden diz que assessores de Trump estão atrapalhando equipe de transição

WILMINGTON, Delaware/WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira que muitas das agências de segurança do país foram "esvaziadas" no governo do presidente Donald Trump e que a falta de informação que deveria ser providenciada à equipe de transição pelo governo que está de saída era "irresponsável".

"Nós encontramos alguns bloqueios da liderança política no Departamento de Defesa e no Gabinete de Administração e Orçamento", disse Biden após uma reunião com sua equipe de política externa. 

"Agora nós não estamos conseguindo toda a informação que precisamos do atual governo em importantes áreas de segurança nacional. Não é nada menos do que irresponsabilidade, na minha opinião", acrescentou o democrata. 

Após a vitória de Biden sobre Trump nas eleições do dia 3 de novembro, a equipe do democrata começou a se reunir com autoridades do governo apenas no final do mês de novembro para coordenar a transição de poder. Trump, que é do Partido Republicano, se recusa a admitir a derrota e seu governo apenas autorizou a colaboração com Biden no dia 23 de novembro.

Biden toma posse no dia 20 de janeiro. No início do mês, a equipe de Biden disse ter encontrado resistência a pedidos de informação de algumas das autoridades do Pentágono. 

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

S&P 500 e Dow Jones batem recordes em meio a fortes resultados de bancos
Ibovespa fecha em queda descolado de NY com fiscal em foco; Vale sobe
STOXX 600 atinge pico em uma semana com foco em estímulos da China e balanços
ONS reduz previsão para reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste a 39,4% ao final de outubro
Dólar sobe na contramão do exterior com aversão a risco acentuada no Brasil
S&P 500 e Dow sobem com impulso de balanços de grandes bancos