Irã divulga menor número diário de mortes por coronavírus em mais de três meses

Publicado em 27/12/2020 17:35

SÃO PAULO (Reuters) - O Irã registrou 119 mortes causadas pelo novo coronavírus neste domingo, o menor número diário de óbitos em mais de três meses, disse o Ministério da Saúde.

A porta-voz do ministério, Sima Sadat Lari, afirmou à TV estatal que 5.502 pessoas foram infectadas nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos de Covid-19 para 1.200.465 no país mais afetado do Oriente Médio.

O número de mortos neste domingo foi o mais baixo desde 12 de setembro, quando 116 mortes foram contabilizadas.

O Irã estendeu um toque de recolher noturno para 330 cidades de baixo risco neste domingo, em um esforço para manter o recente declínio no número de infecções e mortes.

O toque de recolher começa a partir das 21h e se estende até as 4h. Ele já havia sido implantado em 108 cidades de médio risco "laranja" e agora passa a ser adotado pelas para áreas "amarelas" de baixo risco.

A medida, que proíbe o uso de carros particulares, resultou em quase 100 multas multas em uma só noite na semana passada.

O Irã disse na última quinta-feira que recebeu aprovação das autoridades dos EUA para comprar vacinas contra o coronavírus da COVAX, consórcio liderado pela Organização Mundial de Saúde. Mas não especificou quais vacinas está adquirindo.

Turquia diz que entrega da CoronaVac é adiada por caso de Covid na alfândega

ANCARA (Reuters) - A entrega do primeiro carregamento da vacina da Sinovac na Turquia foi adiada em "1 ou 2 dias" devido a um caso de coronavírus na alfândega de Pequim, disse o ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, neste domingo.

A Turquia concordou em comprar 50 milhões de doses da CoronaVac, da Sinovac, e esperava a primeira entrega de 3 milhões de doses nesta segunda-feira.

Também serão adquiridas 4,5 milhões de doses da vacina desenvolvida pela BioNTech e pela Pifzer, com opção de obter mais 30 milhões de doses posteriormente.

"Devido a um alerta de Covid-19 em Pequim e um caso de Covid-19 na alfândega de Pequim, a mobilidade naquela seção foi temporariamente suspensa. Por esse motivo, a chegada de nossas vacinas, que deveriam partir após as operações alfandegárias, será atrasada em um ou dois dias ", disse Koca no Twitter.

Israel acelera vacinação e tem esperança de sair da pandemia em março

JERUSALÉM (Reuters) - Israel iniciou neste domingo o que as autoridades esperam ser o último bloqueio para restringir a proliferação do coronavírus, ao mesmo tempo em que acelera as vacinações a tal ritmo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz esperar que o país consiga emergir da pandemia em março.

Se a promessa se cumprir, deverá ajudar Netanyahu a manter as esperanças em sua reeleição após alguns passos em falso que incluíram a suspensão de uma primeira quarentena contra o vírus e declaração prematura de vitória em maio.

Desde o início da vacinação uma semana antes do lançamento da campanha da União Europeia neste domingo, o sistema de saúde centralizado de Israel administrou 280.000 vacinas, o ritmo mais rápido do mundo.

Está em estudo a abertura de postos de vacinação 24 horas por dia e 7 dias por semana. Netanyahu quer que o número diário de doses administradas seja dobrado para 150.000 doses até o próximo fim de semana.

Isso pode permitir a vacinação de metade dos 9 milhões de israelenses até o final de janeiro. O país registrou quase 400.000 casos de Covid-19 e 3.210 mortes.

"Assim que terminarmos com esse estágio, em 30 dias poderemos emergir do coronavírus, abrir a economia e fazer coisas que nenhum país pode fazer", disse Netanyahu em um discurso pela televisão.

O primeiro-ministro conservador concorre às eleições do dia 23 de março, convocadas depois que sua coalizão governista entrou em colapso neste mês.

Uma pesquisa do Instituto de Democracia de Israel divulgada neste domingo revelou que 40,8% do público deu ao governo avaliações positivas pela forma como lidou com os aspectos médicos da crise, enquanto 32,2% avaliaram negativamente. Nos aspectos econômicos, as avaliações do governo foram 52,8% negativas e 19,7% positivas.

Iraque corre risco de ficar sem energia depois de Irã reduzir exportações de gás 

BAGDÁ (Reuters) - A capital do Iraque, Bagdá, e outras cidades correm o risco de sofrerem sérios cortes de energia depois que o Irã reduziu as exportações de gás, disse o Ministério da Energia neste domingo, colocando potencialmente mais pressão sobre o governo do primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi.

O Irã reduziu as exportações de gás para o Iraque de 50 milhões para apenas cinco milhões de metros cúbicos há duas semanas, argumentando que contas não foram pagas, disse um porta-voz do ministério.

E também informou oficialmente ao ministério do Iraque neste domingo que planeja reduzir para três milhões de metros cúbicos, segundo um porta-voz.

O Iraque perdeu cerca de 6.550 megawatts de eletricidade, disse o porta-voz Ahmed Moussa.

O consumo diário do Iraque durante os horários de pico do inverno chega a cerca de 19.000 megawatts, enquanto o país gera cerca de 11.000 megawatts, recorrendo às importações para preencher essa lacuna.

O ministro da Energia do Irã, Reza Ardakanian, deve visitar Bagdá na terça-feira para discutir as contas não pagas com seu homólogo iraquiano, segundo Moussa.

"Nós encorajamos fortemente que o Ministério das Finanças do Iraque resolva as contas não pagas com o Irã para evitar a escassez crítica de suprimentos de energia em Bagdá e outras cidades", disse Moussa.

Fonte: Reuters

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