SP fecha shoppings, bares e restaurantes entre 25 e 27 de dezembro e 1 e 3 de janeiro

Publicado em 22/12/2020 14:02 e atualizado em 23/12/2020 10:39

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira a proibição de funcionamento de comércio não essencial, bares, restaurantes e shoppings centers entre 25 e 27 de dezembro e entre 1 e 3 de janeiro para conter o avanço da pandemia de Covid-19 no Estado.

Em entrevista coletiva na sede do Instituto Butantan, autoridades estaduais também anunciaram que a região de Presidente Prudente será colocada na fase vermelha, mais restritiva, do plano de quarentena do Estado, e que no mês de janeiro nenhuma região paulista será colocada na fase verde da quarentena, que permite o funcionamento da maioria das atividades.

"Infelizmente neste ano, entre o Natal e o Ano Novo, nós não estamos em momento de festa", disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, ao anunciar as medidas.

"Não estamos em momento de aglomerações, não estamos em momento de festas, precisamos, sim, do esforço de todos e de todas para que a gente continue junto nesta luta contra a pandemia", afirmou.

O secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, justificou as medidas ao apontar que indicadores da pandemia --como número de casos, mortos e internações-- têm crescido em São Paulo nas últimas semanas, o que levou à adoção de medidas mais duras na tentativa de controlar o avanço da Covid-19 no Estado, especialmente na época das festas de fim de ano.

O coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus do governo de São Paulo, João Gabbardo, alertou que as medidas anunciadas nesta terça podem ser ainda mais endurecidas no futuro caso não surtam efeito nos indicadores de saúde.

"Nós precisamos dar um sinal para a população, sinal de que estamos em uma pandemia, sinal de que nós estamos em uma fase bastante preocupante em relação ao número de casos e temos que mostrar para a população que a recomendação é ficar em casa", disse Gabbardo.

"Essa sinalização pode ser prenúncio de uma coisa que pode acontecer mais adiante", acrescentou.

Escritórios, salões de beleza, academias, etc., todos na fase vermelha (Poder 360)

O Governo do Estado de São Paulo anunciou, nesta 3ª feira (22.dez.2020), o retorno à fase vermelha de restrições de atividades, de 25 a 27 de dezembro e de 1º a 3 de janeiro de 2021. Apenas serviços essenciais como transporte, saúde, padarias, mercados e farmácias poderão funcionar nesses dias.

O Executivo paulista também comunicou que nenhuma região deverá retornar à fase verde –a penúltima na escala de abrandamento– durante o mês de janeiro.

“Precisamos do apoio dos municípios. Apoio dos prefeitos, secretários de Saúde, assim como da própria população, até as vacinas chegarem. Está bem perto. Vamos imunizar e proteger os brasileiros”, declarou o Secretário de Estado de Saúde, Jean Gorinchteyn. “O uso de máscaras, além do distanciamento entre as pessoas e evitar aglomerações é imperioso”, acrescentou.

Podem funcionar nos próximos dias lavanderias e serviços de hotelaria, postos de combustível, farmácias e mercados,

Conforme o decreto, ficam proibidos de funcionar nos 6 dias de festividades:

  • shoppings;
  • lojas;
  • concessionárias;
  • escritórios;
  • bares;
  • restaurantes;
  • academias;
  • salões de beleza; e
  • estabelecimentos de eventos culturais.
 

A reclassificação das fases foi remarcada de 4 para 7 de janeiro de 2021. Como novos prefeitos assumem os cargos no 1º dia do ano que vem, o governo do Estado fará reuniões a partir do dia 4 para a apresentação do Plano São Paulo.

O coordenador executivo do centro de contingência da covid-19, João Gabbardo, disse que a atitude de restringir os serviços é para evitar colapso nos hospitais. Acrescentou que não haveria quantidade suficiente de profissionais de saúde para atender todo mundo, caso suba o número de casos.

Até a última atualização do Ministério da Saúde, SP havia registrado total de 1.388.043 casos de covid-19 e 45.136 mortes.

AGLOMERAÇÃO EM AEROPORTOS

João Gabbardo condenou as imagens que registram aglomeração no Aeroporto Internacional de Guarulhos. “Aquela é uma cena que é indescritível”, disse.

“Não tem como a gente explicar que a administração do aeroporto tenha deixado ocorrer o que aconteceu ontem no aeroporto de Guarulhos é inadmissível que as empresas aéreas que foram as maiores prejudicadas nesse processo não estão tendo o planejamento e o cuidado com o atendimento das pessoas que vão lá fazer Check in”.

A reportagem do Poder360 conversou com a assessoria de imprensa do Aeroporto de Cumbica sobre o problema.  A concessionária do terminal disse que as imagens da aglomeração não são desta 3ª feira (22.dez.2020), mas de domingo (20.dez), no saguão da companhia aérea Gol.

Já a Gol disse que o transtorno foi causado em razão de uma queda de energia do aeroporto. “Sobre as imagens que estão circulando nas redes sociais, a GOL esclarece que elas são referentes ao último domingo (20/12), decorrentes de uma queda de energia no Aeroporto Internacional de Guarulhos na noite de sábado (19).

Assista a um vídeo amador feito no aeroporto de Guarulhos: 

 
Fonte: Reuters/Poder360

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