Reino Unido se prepara para administrar a vacina da Pfizer esta semana

Publicado em 06/12/2020 18:52

LONDRES (Reuters) - O Reino Unido está se preparando para se tornar o primeiro país a administrar a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 esta semana, deixando-a disponível em um primeiro momento em hospitais antes de distribuí-la para clínicas médicas, afirmou o governo neste domingo.

As primeiras doses devem ser administradas na terça-feira, com o Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) priorizando a vacinação de maiores de 80 anos, funcionários de saúde na linha de frente e funcionários e moradores de casas de repouso.

O Reino Unido aprovou o uso emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer PFE.N e BioNTech 22UAy.F, semana passada - pulando à frente na corrida global para começar o mais crucial programa de inoculação em massa da história.

No total, o Reino Unido fez um pedido por 40 milhões de doses. Como cada pessoa precisa de duas doses, é o bastante para vacinar 20 milhões de pessoas no país com 67 milhões de habitantes.

Aproximadamente 800.000 devem estar disponíveis na primeira semana.

A vacina da Pfizer/BioNTech é de difícil armazenamento. Precisa ser mantida em temperaturas de -70 graus celsius e dura apenas cinco dias em um freezer normal.

Por essa razão, o ministério da Saúde afirmou que a vacina seria administrada primeiro em 50 hospitais. Acrescentou que demoraria algumas horas para descongelar cada vacina e prepará-la ao uso.

O Sistema de Saúde da Inglaterra escreveu a médicos de clínicas gerais, dizendo para eles se prepararem para começar a vacinar por meio de serviços médicos legais a partir de 14 de dezembro.

Em vez de administrar clínicas individuais, grupos de médicos locais vão operar mais de 1.000 centros de vacinação ao redor do país, disse o governo.

Caixas com a vacina contêm cinco pacotes com 975 doses, mas aprovação regulatória especial é necessária para dividi-las. Uma autoridade médica sênior disse que, enquanto ele espera que seja possível separar os pacotes e entregá-los diretamente às casas de repouso, não é uma garantia.

O Reino Unido está entre as primeiras nações a lançar sua campanha de vacinação fora do contexto de testes clínicos, aumentando as esperanças de que a maré possa virar contra o vírus que matou perto de 1,5 milhão de pessoas globalmente e atacou a economia mundial.

Com altos níveis de ceticismo em relação a vacinas preocupando especialistas em saúde, os jornais The Times e o Mail on Sunday publicaram que a Rainha Elizabeth, 94, e o seu marido, príncipe Philip, 99, “fariam com que o público soubesse” quando eles recebessem a vacina.

A rainha é muito admirada na sociedade britânica e o seu apoio público à vacina seria uma mensagem poderosa para rebater a desinformação contra a vacinação que circula online. 

Vacinas da Pfizer contra Covid-19 podem ser distribuídas 24 horas após aprovação do Canadá

TORONTO (Reuters) - A distribuição de vacinas contra Covid-19 no Canadá pode começar em 24 horas depois da aprovação das autoridades sanitárias canadenses, afirmou uma autoridade da farmacêutica BioNTech, à emissora CBC neste domingo, comparando com o cronograma do Reino Unido.

A vacina desenvolvida em conjunto pela Pfizer PFE.N e pela parceira alemã BionTech deve ser a primeira a receber a aprovação no Canadá, embora o país tenha fechado acordos de fornecimento com sete produtoras.

Desde que o Reino Unido aprovou a vacina da Pfizer semana passada, tomando a dianteira na corrida global para começar o mais crucial programa de inoculação em massa da história, o foco mudou para o quão rápido outros países podem se movimentar e quando as doses estarão disponíveis ao público.

“Se eu usasse o Reino Unido como exemplo, recebemos a aprovação à 1h da manhã, aprovamos a liberação da vacina e a despachamos em 24 horas”, afirmou o diretor comercial da BioNTech à emissora Canadian Broadcasting Corp (CBC).

A agência pública de saúde do Canadá deve aprovar a vacina dentro da “próxima semana”, afirmou uma autoridade, na quinta-feira.

O Canadá espera que as primeiras seis milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Moderna.O cheguem ao país no primeiro trimestre de 2021, o suficiente para três milhões dos 38 milhões de habitantes do Canadá.

O contrato do Canadá com a Pfizer e a BioNTech exige que as duas farmacêuticas distribuam a vacina, que precisa ser mantida em temperaturas de 75 graus celsius negativos. Marett disse que não vê a distribuição das vacinas como um desafio em uma temperatura tão baixa em países tão vastos como Canadá e Estados Unidos porque não seria uma nova tecnologia.

Marett disse que o transporte está bem mapeado.

"Junto com a Pfizer, estamos projetando uma caixa de armazenamento… na qual a vacina chega. E você pode usá-la como um freezer com temperatura de 70 (graus celsius) negativos”, disse.

Uma segunda onda de Covid-19 está atingindo o Canadá, com níveis recordes de novos casos. Até agora, o país registrou 408.921 casos e 12.589 mortes. Isso fez com que o lançamento de uma vacina se tornasse uma das prioridades do governo.

“É um pouco o equivalente biológico de aterrissar na lua”, afirmou Marett. Mas ele acrescentou que, pela experiência do Reino Unido, “vimos as coisas se moverem de maneira bem rápida e suave”.

Pfizer pede aprovação emergencial para vacina contra Covid-19 na Índia, diz conselheiro do governo

NOVA DÉLHI (Reuters) - A Pfizer entrou com pedido para autorização de uso emergencial da sua vacina contra coronavírus na Índia, afirmou um conselheiro sanitário do governo em entrevista à televisão neste domingo, a primeira empresa a fazê-lo no país com o segundo maior total de infecções do mundo.

A empresa norte-americana, cuja vacina foi recentemente aprovada no Reino Unido, fez contato com as autoridades indianas no sábado, disse V.K. Paul, que está aconselhando o governo em assuntos relacionados à Covid-19.

"É bem-vindo o interesse da Pfizer de buscar uma licença emergencial em nosso país", disse Paul à NDTV.

O órgão regulador de remédios da Índia geralmente demora 90 dias para decidir sobre esses pedidos, mas uma decisão sobre a vacina da Pfizer deve sair muito mais rápido do que isso, disse Paul.

"Isso será decidido, espero, em breve", disse.

O ministério da Saúde não respondeu ao pedido por um comentário. Autoridades da Pfizer na Índia não puderam ser encontradas imediatamente para comentar.

Paul afirmou em novembro que as vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela rival Moderna talvez não estivessem disponíveis na Índia em grande quantidade em um futuro próximo.

A Índia torce para que cinco vacinas testadas localmente, incluindo a que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford, a ajude a controlar o vírus.

A vacina da Pfizer precisa ser armazenada em 70 graus celsius negativos ou abaixo, temperaturas que, segundo especialistas da indústria, serão difíceis de serem mantidas em muitas instalações frigoríficas da Índia.

A Índia relatou mais de 9,57 milhões de casos de Covid-19, o segundo maior número atrás dos Estados Unidos, com quase 140.000 mortes.

Fonte: Reuters

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