Brasil precisa de plano que indique preocupação com trajetória da dívida, diz Campos Neto

Publicado em 25/11/2020 17:12

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a ressaltar nesta quarta-feira a necessidade de o país voltar para a disciplina fiscal no pós-pandemia, já que o problema principal do Brasil agora é "dívida grande para administrar".

"Ponto superimportante, talvez ponto chave, é conquistar credibilidade com continuação das reformas e com plano que indique clara percepção para investidores que país está preocupado com trajetória da dívida", disse ele, em evento organizado pelo Sicoob Engecred.

O presidente do BC, que tem falado repetidamente sobre o tema em eventos públicos, destacou que a curva de juros doméstica é hoje uma das mais inclinadas do mundo, o que demonstra incerteza quanto ao quadro fiscal à frente.

Nesse sentido, ele reconheceu que os agentes estão ansiosos sobre eventual extensão do programa de auxílio emergencial ou não. Campos Neto, contudo, disse que a visão do BC é semelhante à externada pelo secretário do Tesouro, Bruno Funchal, na terça-feira: há muito pouco ou zero espaço para qualquer tipo de medida fiscal.

(Por Marcela Ayres)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar oscila em margens estreitas e fecha perto da estabilidade no Brasil
Trump vai propor dedução dos juros sobre financiamento de veículos
Presidente do Fed de Atlanta se diz "confortável" em manter juros inalterados em novembro
Ações recuam na Europa após dados de inflação dos EUA e com orçamento francês em foco
Fed deve cortar juros gradualmente para 3,5% até meados de 2025, segundo operadores
Wall Street cai após dados sobre inflação e pedidos de auxílio-desemprego