Governo está à disposição do Congresso para ajustar meta fiscal de 2021 se necessário, diz secretário

Publicado em 24/11/2020 15:22

O secretário de Orçamento, George Soares, disse nesta terça-feira que a equipe econômica está à disposição do Congresso para adotar uma meta fiscal "normal" para o Orçamento de 2021, caso essa seja a vontade dos parlamentares.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias encaminhado pelo governo ao Congresso em abril, previu uma meta de déficit primário de 149,61 bilhões de reais para o governo central no próximo ano, mas, diante de todas as incertezas geradas pela crise da pandemia da Covid-19, foi estabelecido que esse alvo seria alterado sempre que as receitas para o período fossem recalculadas.

O Tribunal de Contas da União chegou a alertar que a ausência de uma meta fiscal fixa poderia contrariar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

"À época de se fazer a LDO ... era simplesmente impossível fazer uma projeção correta do tamanho do primário necessário. Hoje já é uma coisa mais razoável", disse Soares nesta terça, em audiência pública de comissão mista do Congresso.

"Nós nos colocamos à disposição do relator da LDO para, se for de interesse do Congresso --porque agora isso realmente é uma decisão do Congresso, não é do Executivo-- fazer isso, voltando a uma meta normal", acrescentou o secretário.

Segundo Soares, se o projeto Orçamentário para o próximo ano tivesse sido formulado com base na meta fiscal prevista no projeto da LDO, o governo teria previsto zero de despesas discricionárias (sujeitas a corte).

O projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA), encaminhado no final de agosto e tendo como parâmetro uma queda do PIB de 4,7% este ano e um crescimento de 3,2% em 2021, aumentou o rombo primário para 233,6 bilhões de reais. A previsão de despesas discricionárias ficou em 96,053 bilhões de reais.

Tanto o projeto de LDO quanto da LOA do ano que vem ainda não começaram a ser apreciados no Congresso.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar oscila em margens estreitas e fecha perto da estabilidade no Brasil
Trump vai propor dedução dos juros sobre financiamento de veículos
Presidente do Fed de Atlanta se diz "confortável" em manter juros inalterados em novembro
Ações recuam na Europa após dados de inflação dos EUA e com orçamento francês em foco
Fed deve cortar juros gradualmente para 3,5% até meados de 2025, segundo operadores
Wall Street cai após dados sobre inflação e pedidos de auxílio-desemprego