China ameaça retaliar após novas vendas de armas dos EUA a Taiwan

Publicado em 22/10/2020 10:42

Por Gabriel Crossley e Ben Blanchard

PEQUIM/TAIPÉ (Reuters) - A China ameaçou nesta quinta-feira retaliar as vendas de armas mais recentes dos Estados Unidos a Taiwan, um território que reivindica, enquanto a ilha comemorou o pacote de armamentos, mas disse que não quer entrar em uma corrida armamentista com Pequim.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou seu apoio a Taiwan por meio de vendas de armas e de visitas de autoridades de alto escalão, aumentando as tensões entre Pequim e Washington, já elevadas por discordâncias a respeito do Mar do Sul da China, Hong Kong, os direitos humanos e o comércio.

Pequim vem aumentando a pressão para que a democrática Taiwan aceite a soberania chinesa, inclusive enviando caças para sobrevoarem a delicada linha média do Estreito de Taiwan, que normalmente serve como um tampão extraoficial.

Reagindo à aprovação norte-americana de uma possível venda de 1,8 bilhão de dólares em armas a Taiwan, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse durante uma coletiva de imprensa que tais vendas deveriam parar.

Elas "interferem seriamente nos assuntos internos da China, danificam seriamente a soberania e os interesses de segurança da China, enviam uma mensagem seriamente equivocada às forças de independência de Taiwan e danificam gravemente as relações China-EUA e a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse.

"A China adotará uma reação legitima e necessária de acordo com a maneira como a situação transcorrer", acrescentou Zhao.

Ele não deu detalhes, mas a China já impôs punições a empresas dos EUA por venderem armas a Taiwan, embora não esteja claro que forma elas tomaram.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha no menor patamar em 2 meses pressionado por DIs
Ações sobem após ata do Fed, com dados de inflação e balanços em foco
Biden e Netanyahu conversam, e Israel promete retaliação letal contra o Irã
Dólar sobe quase 1% e se reaproxima dos R$5,60 sob influência do exterior
Taxas futuras de juros disparam mais de 20 pontos-base em dia de alta dos yields nos EUA e IPCA no Brasil
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$4,148 bi em setembro, diz BC