Preços ao consumidor voltam a subir e IGP-M acelera alta a 2,02% na 2ª prévia de julho, diz FGV

Publicado em 17/07/2020 08:22

SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 2,02% na segunda prévia de julho, de 1,48% no mesmo período do mês anterior, com os preços ao consumidor retomando a alta, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou avanço de 2,72% no período, de alta de 2,20% antes.

As Matérias-Primas Brutas registraram na segunda prévia de julho alta de 5,52%, depois de subirem 2,90% no mesmo período do mês anterior.

Para o consumidor os preços voltaram a ficar mais caros, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, passou a subir 0,49%, de uma queda de 0,14% na segunda prévia de junho.

O destaque foi o grupo Transportes, cujos preços avançaram 1,47% na segunda prévia de julho de uma queda de 0,32% antes,, com alta de 4,60% da gasolina depois de recuo de 1,09%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,64% na segunda prévia de julho, de alta de 0,25% no mesmo período do mês anterior.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Inflação da zona do euro é confirmada em 0,3% em junho sobre mesmo mês do ano anterior

BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao consumidor na zona do euro subiram ligeiramente em junho, enquanto o núcleo da inflação que exclui componentes voláteis enfraqueceu, informou nesta sexta-feira a agência de estatísticas da União Europeia, confirmando estimativas anteriores.

A Eurostat disse que a inflação anual nos 19 países que usam o euro avançou 0,3% em junho após alta de apenas 0,1% em maio, em linha com a estimativa anterior da agência divulgada em 30 de junho.

Ainda assim, a inflação permanece bem abaixo da meta do Banco Central Europeu de abaixo mas perto de 2% no médio prazo.

Os preços de alimentos, álcool e tabaco subiram em termos anuais 3,2%, enquanto os do setor de serviço tiveram alta de 1,2% em junho. Essas leituras compensaram a queda de 9,3% nos preços de energia.

Excluindo energia e alimentos não processados, o núcleo da inflação acompanhado pelo BCE subiu 1,1% em termos anuais, de 1,2% em maio, mostraram os dados da Eurostat.

Na comparação com o mês anterior, a inflação na zona do euro também foi de 0,3% em junho.

Ações de Xangai têm pior semana em 5 meses com preocupação de afrouxamento monetário

XANGAI (Reuters) - As ações de Xangai terminaram em alta nesta sexta-feira, mas ainda assim sofreram a pior queda semanal em cinco meses, uma vez que dados melhores que o esperado do PIB da China alimentaram preocupações sobre o ritmo de afrouxamento monetário.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,63%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,13%.

Na semana, o SSEC caiu 5%, queda mais acentuada desde a semana de 28 de fevereiro, enquanto o CSI300 recuou 4,4%, maior perda desde março.

As ações da China registraram a maior queda em mais de cinco meses na quinta-feira, quando investidores reduziram as compras por preocupações de aperto monetário depois de o crescimento econômico no segundo trimestre ter superado as expectativas.

"O ritmo de afrouxamento monetário será mais lento, conforme as autoridades observam o desempenho dos mercados de trabalho e financeiro e decidem quais medidas adotar", disse Zhaopeng Xing, economista de mercados do ANZ.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,32%, a 22.696 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,47%, a 25.089 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,13%, a 3.214 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,63%, a 4.544 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,80%, a 2.201 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,20%, a 12.181 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,20%, a 2.618 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,38%, a 6.033 pontos.

"Apostas não podiam ser mais altas" em cúpula sobre plano de recuperação da UE

BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Europeia se reuniram nesta sexta-feira em uma cúpula para conversas tensas sobre um plano de muitos bilhões de euros para dar alento às suas economias, seu primeiro encontro presencial desde que a pandemia de coronavírus mergulhou o bloco em sua crise mais recente.

Os 27 líderes, todos com máscaras, cumprimentaram-se com toques de cotovelo ao invés dos costumeiros beijos nas bochechas e apertos de mão. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro português, António Costa, ganharam presentes de aniversário.

Mas a demonstração de bonomia veio depois de semanas de desavenças transcontinentais a respeito da escala e da abrangência de um fundo de resgate conjunto. Merkel entrou nas conversas, previstas para durarem dois dias, alertando que um acordo está longe de ser algo garantido.

"Devo dizer que as diferença ainda são muito, muito grandes. Antecipo negociações muito, muito difíceis", disse.

A oposição holandesa e a ameaça de um veto da Hungria afetam as chances de um acordo para o orçamento de 2021-27, avaliado em pouco mais de um trilhão de euros, e um novo fundo de recuperação de 750 bilhões de euros anexado a ele que pretende ajudar a reconstruir as economias do sul mais afetadas pela crise.

Os 27 chefes da UE se reuniram em um salão da sede da entidade em Bruxelas equipado com gel antisséptico e fones de ouvido desinfectados. Por precaução, desta vez os jornalistas não tiveram acesso ao edifício.

Autoridades disseram que a cúpula pode se arrastar até domingo se um acordo continuar distante. O premiê de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse à Reuters que, na dúvida, levou uma muda de roupas extra.

Como as economias da UE estão em queda livre e medidas de socorro imediato, como esquemas de trabalho de curto prazo, se encerram ao final do verão local, o espectro de um outono de mal estar econômico e insatisfação profundos assoma no horizonte.

A UE ainda sofre com a saga prolongada do Brexit e os traumas de crises passadas, que vão do derretimento financeiro de 2008 aos desentendimentos sobre a imigração.

Outro choque econômico pode expô-la a mais forças eurocéticas, nacionalistas e protecionistas e enfraquecer sua posição diante da China, dos Estados Unidos ou da Rússia.

"As apostas não poderiam ser mais altas", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes da reunião. "O mundo todo está assistindo, (para ver) se a Europa é capaz de se manter unida e superar esta crise relacionada ao corona com força".

Vida normal não voltará pelo menos até novembro, diz premiê britânico

LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta sexta-feira que a vida normal não voltará por completo até pelo menos novembro, alertando que casas noturnas e áreas de lazer precisam permanecer fechadas, ao mesmo tempo que festas de casamento terão de seguir limitadas.

Johnson disse que a presença de público em eventos esportivos será permitida a partir de outubro. Mas ele disse que o governo avalia uma volta mais significativa ao normal a partir de novembro.

Fonte: Reuters

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