Dezenas de pessoas são presas em Hong Kong após protesto contra nova lei de segurança nacional

Publicado em 28/06/2020 13:49 e atualizado em 29/06/2020 08:47

HONG KONG (Reuters) - A polícia de Hong Kong prendeu pelo menos 53 pessoas neste domingo após um tumulto durante protesto relativamente pacífico contra a nova legislação de segurança nacional a ser implementada pelo governo chinês.

A polícia antiprotestos estava presente quando várias centenas de pessoas se locomoveram de Jordan para Mong Kok, no distrito de Kowloon, realizando o que estava previsto para ser um "protesto silencioso" contra a lei de segurança.

No entanto, palavras de ordens foram dirigidas à polícia e o tumulto irrompeu em Mong Kok, levando a polícia a usar spray de pimenta para controlar partes da multidão.

A polícia de Hong Kong disse no Facebook que 53 pessoas foram presas e acusadas de reunião ilegal, acrescentando que anteriormente alguns manifestantes tentaram bloquear ruas na região.

A nova lei de segurança nacional proposta suscita preocupação por parte de ativistas pró-democracia em Hong Kong e de alguns governos estrangeiros sobre como Pequim está corroendo ainda mais a autonomia prometida quando a Grã-Bretanha devolveu o território à China em 1997.

"Os governos querem calar nossas bocas e nos expulsar", afirmou um manifestante, Roy Chan, de 44 anos. "Precisamos permanecer de pé e derrubar todos aqueles que privam a liberdade das pessoas de Hong Kong."

Parlamentares chineses revisam projeto de lei de segurança nacional sobre Hong Kong

XANGAI (Reuters) - Parlamentares chineses revisaram o projeto de lei de segurança nacional para Hong Kong durante reunião realizada pelo comitê permanente do Congresso Nacional do Povo, informou a mídia estatal Xinhua neste domingo.

Na reunião, Shen Chunyao, diretor da Comissão de Assuntos Legislativos do comitê permanente, apresentou um relatório sobre o projeto, segundo a Xinhua.

O comitê permanente Congresso geralmente se reúne a cada dois meses, mas a reunião de três dias que começa neste domingo já é a segunda somente neste mês de junho com objetivo de discutir o projeto.

O comitê deve aprovar o projeto de lei até o fim da reunião na terça-feira.

A nova lei de segurança nacional proposta suscita preocupação por parte de ativistas pró-democracia em Hong Kong e de alguns governos estrangeiros sobre como Pequim está corroendo ainda mais a autonomia prometida quando a Grã-Bretanha devolveu o território à China em 1997 sob o sistema "um país, dois sistemas".

A China disse, no entanto, que o projeto de lei terá como alvo apenas um pequeno grupo de agitadoress uma vez que ele visa a combater o separatismo, a subversão, o terrorismo e a interferência estrangeira em Hong Kong.

Mais detalhes da legislação não foram divulgados.

Polícia detém mais de 30 ativistas LGBT em Moscou, diz grupo de monitoramento

MOSCOU (Reuters) - A polícia russa deteve no sábado mais de 30 pessoas, a maioria mulheres, que estavam realizando protestos individuais no centro de Moscou contra acusações de disseminação de pornografia contra uma proeminente ativista LGBT, informou um grupo de monitoramento.

Um ativista também foi detido em São Petersburgo, disse o grupo de monitoramento OVD-Info.

Neste mês, a polícia do Extremo Oriente russo acusou Julia Tsvetkova, uma ativista LGBT e feminista, de espalhar pornografia através de suas fotos, disse ela em sua página no Facebook.

Se considerada culpada, Tsvetkova pode pegar até seis anos de prisão.

Uma das detidas em Moscou segurava um cartaz dizendo: "Hoje eles mandam para prisão por causa de fotos, amanhã mandarão para prisão por cartas? Liberdade para Julia Tsvetkova!"

Os protestos de uma pessoa geralmente são legais na Rússia. No entanto, houve vários casos de manifestantes detidos.

A polícia se recusou a comentar as detenções no sábado.

Governos ocidentais e ativistas de direitos humanos criticam as autoridades russas pelo tratamento concedido às pessoas LGBT.

Uma votação sobre mudanças na constituição russa está em andamento. Entre muitas emendas propostas pelo presidente Vladimir Putin, há um artigo que define o casamento como uma união entre um homem e uma mulher.

Trump diz que ficou em Washington para "garantir lei e ordem"

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou na sexta-feira uma visita de fim de semana a seu complexo de golfe em Bedminster, Nova Jersey, e disse que ficaria em Washington "para garantir que se cumpra a lei e a ordem".

"Incendiários, anarquistas, saqueadores e agitadores foram em grande parte detidos", escreveu Trump no Twitter.

"Estou fazendo o necessário para manter nossas comunidades seguras, e essas pessoas serão levadas à Justiça!"

Trump prometeu adotar uma linha dura contra pessoas que atacam monumentos históricos dos EUA e ameaçou usar a força contra manifestantes, em um momento em que o ativismo contra a injustiça racial se espalhou por todo o país.

Trump disse no Twitter na sexta-feira que assinou uma ordem executiva "muito severa" para proteger os monumentos. O texto da ordem diz que o governo federal processará "com toda a intensidade possível" quem danificar ou profanar monumentos ou estátuas.

A Lei de Preservação da Memória dos Veteranos de 2003 prevê penas de prisão de até 10 anos por destruição ou tentativa de destruição de monumentos que lembram aqueles que serviram nas forças armadas dos Estados Unidos.

A ordem de Trump também ameaça retirar o apoio federal a órgãos estaduais e municipais que não protegem monumentos.

Centenas de soldados desarmados da Guarda Nacional de Washington DC estão de prontidão para ajudar policiais a proteger os monumentos, depois que manifestantes tentaram derrubar uma estátua do ex-presidente Andrew Jackson em um parque na segunda-feira perto da Casa Branca.

Os pedidos de remoção desses monumentos foram feitos no contexto dos protestos da "Black Lives Matter", após a morte em 25 de maio de George Floyd, um cidadão negro, enquanto ele estava sob custódia policial em Minneapolis.

A decisão de Trump de cancelar sua viagem a Nova Jersey também coincide com um aumento de casos de coronavírus em muitos Estados do país.

Fonte: Reuters

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