Cientistas chineses isolam vírus da 2a. onda de COVID-19 em Pequim, diz Xinhua

Publicado em 19/06/2020 08:28

Beijing, 19 jun (Xinhua) -- O Centro Chinês para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) disse na quinta-feira que isolou e cultivou com sucesso o novo coronavírus das recentes infecções de clusters da COVID-19 em Beijing.

Nos dias 11 e 13 de junho, o Instituto Nacional para o Controle e a Prevenção de Doenças Virais, subordinado ao CDC, recebeu dois lotes de amostras do trato respiratório, recolhidos dos casos da COVID-19 relacionados ao mercado atacadista de produtos agrícolas Xinfadi, de Beijing.

Na segunda-feira, nas células inoculadas com o vírus se viu a citopatia, e os resultados dos testes de ácido nucleico mostraram uma rápida amplificação do vírus, o que significou o sucesso do cultivo isolado do vírus, de acordo com o CDC.

O êxito é significativo para o estudo sobre a caracterização da sequência da cepa viral circulante nos casos recentes da COVID-19 em Beijing, assim como a avaliação de vacinas e a seleção de medicamentos para a epidemia, disse o centro.

China relata 32 novos casos confirmados de COVID-19

Beijing, 19 jun (Xinhua) -- A autoridade chinesa de saúde divulgou nesta sexta-feira que recebeu relatos de 32 novos casos confirmados de COVID-19 na quinta-feira na parte continental chinesa, dos quais 28 foram transmitidos localmente e quatro foram importados.

Dos casos localmente transmitidos, 25 foram notificados em Beijing, dois, na Província de Hebei, e um, na Província de Liaoning, informou a Comissão Nacional da Saúde em seu relatório diário.

Na quinta-feira, não foram notificados óbitos relacionados à doença na parte continental chinesa, segundo a comissão.

No mesmo dia, quatro pessoas receberam alta do hospital após a recuperação e dois novos casos de suspeita foram relatados em Beijing.

Até quinta-feira, os casos confirmados no continente chinês totalizaram 83.325, incluindo 293 pacientes que ainda estavam em tratamento, com 13 em estado grave.

Ao todo, 78.398 pessoas tiveram alta após a recuperação e 4.634 pessoas morreram da doença, segundo a comissão.

Até quinta-feira, o continente chinês havia relatado 1.864 casos importados. Desses casos, 1.773 tiveram alta hospitalar após recuperação e 91 permanecem internados. Não foram relatadas mortes dos casos importados.

A comissão comunicou que havia atualmente sete casos suspeitos de infecção com o vírus até quinta-feira.

De acordo com a comissão, 5.856 contatos próximos ainda estavam sob observação médica depois que 227 pessoas foram liberadas na quinta-feira.

Também na quinta-feira, cinco novos casos assintomáticos foram relatados na parte continental. Dois casos assintomáticos foram recategorizados como casos confirmados. Quatro casos assintomáticos foram liberados da observação médica, segundo a comissão.

A comissão reportou que 110 casos assintomáticos, incluindo 60 do exterior, ainda estavam sob observação médica.

Até quinta-feira, 1.124 casos confirmados, incluindo quatro mortes tinham sido notificados na Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong, 45 casos confirmados na RAE de Macau e 446 em Taiwan, incluindo sete mortes.

Ao todo, 1.072 pacientes em Hong Kong, 45 em Macau e 434 em Taiwan tiveram alta de hospitais após a recuperação.

Beijing tem oferta suficiente de necessidades diárias, diz Ministério do Comércio

Beijing, 19 jun (Xinhua) -- O fornecimento de necessidades diárias em Beijing é geralmente suficiente e os preços estão basicamente estáveis, afirmou o Ministério do Comércio na quinta-feira, após o recente surto de novos casos de infecções por COVID-19 na capital chinesa.

Na quarta-feira, os preços médios no varejo de carne suína, uma carne básica na China, permaneceram inalterados em relação ao dia anterior em Beijing, enquanto os de vegetais das principais empresas monitoradas pelo ministério tiveram um aumento de 4,7%, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, em uma entrevista coletiva.

Para estabilizar ainda mais o abastecimento e os preços das necessidades diárias, a pasta ajudou a capital a adicionar 5 mil toneladas de reservas de vegetais, apoiando ao mesmo tempo as redes de supermercados no aumento do estoque de grãos e óleo comestível, informou Gao.

Até quarta-feira, a cidade havia relatado 578 casos confirmados transmitidos internamente, incluindo 411 que tiveram alta hospitalar após recuperação e nove mortes. A cidade registra um crescimento diário de dois dígitos nos casos de COVID-19 transmitidos internamente desde 11 de junho, após um período de 57 dias sem novos casos transmitidos localmente.

Não há evidências de transmissão de COVID-19 através de alimentos, diz especialista chinês

Beijing, 19 jun (Xinhua) -- Nenhuma evidência foi encontrada de que o novo coronavírus se espalhe pela ingestão de alimentos, incluindo frutos do mar, disse o epidemiologista Feng Luzhao nesta sexta-feira em resposta à preocupação pública sobre a segurança de produtos frescos.

Estudos mostram que o novo coronavírus é transmitido mais comumente através de gotículas respiratórias e contatos próximos, salientou o pesquisador do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, em uma entrevista coletiva em Beijing.

Ele acrescentou que outro risco vem da exposição prolongada a aerossóis concentrados em um ambiente relativamente fechado.

Apesar de uma pequena chance de transmissão pelo trato digestivo, Feng sugeriu a higienização dos alimentos, o tratamento adequado dos alimentos e a desinfecção de utensílios de cozinha e de mesa como precauções.

Recuperação econômica da China continua em maio com COVID-19 amplamente sob controle, diz especialista

Washington, 18 jun (Xinhua) -- A restauração econômica da China continuou em maio, com "forte recuperação" das despesas dos consumidores, manufatura e investimento e com a pandemia da COVID-19 amplamente sob controle, segundo um especialista de investimento dos EUA.

"Ao pensar sobre as perspectivas para a economia chinesa, um dos fatores mais importantes é se o coronavírus permanece sob controle", escreveu Andy Rothman, estrategista de investimentos da empresa de investimentos Matthews Asia, sediada em São Francisco, em uma análise no início desta semana.

Atualmente, "uma combinação de testes, rastreamento de contatos e distanciamento social, bem como uma quarentena rigorosa de todas as chegadas internacionais parece estar mantendo o vírus em grande parte afastado", disse ele.

Observando que os negócios na China vêm sendo gradualmente abertos e a vida está começando a voltar à normalidade, Rothman disse que a recuperação das vendas de automóveis e imóveis em maio refletiu que "os consumidores ricos e de classe média têm dinheiro e confiança no futuro suficientes para gastar."

"E não foram apenas os itens caros que se recuperaram no mês passado. As vendas de serviços de catering e locais de consumo alcoólico aumentaram 31% em maio na base mensal, após um aumento mensal de 26% em abril", disse ele.

Embora o desemprego continue sendo uma preocupação, a ausência de inquietação social e a recuperação das despesas do consumidor sugerem que o apoio do governo chinês para trabalhadores e negócios "ofereceu um efeito amortecedor para muitos que perderam o emprego", estabelecendo o fundamento para uma recuperação econômica, disse o especialista.

Rothman também constatou que essa recuperação econômica saudável foi conseguida sem um estímulo dramático, já que o crescimento do crédito apenas acelerou de forma modesta.

"Isso destaca a força de uma recuperação orgânica e deixa o governo com bastante escolha caso a recuperação mostre sinais de enfraquecimento", disse ele.

Como a China se tornou uma economia movida pela demanda doméstica, Rothman acredita ser improvável que uma possível recessão global causada pela COVID-19 interrompa a recuperação econômica em curso do país.

"No ano passado, o consumo doméstico representou quase 60% do crescimento do PIB. O valor bruto das exportações foi igual a 17% do PIB da China, mas quase 30% dessas exportações foram bens processados para quais pouco valor foi agregado na China", afirmou ele.

Fonte: Xinhua (estatal chinesa)

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