Temperatura ambiente mais alta ajuda a secar as gotículas respiratórias com o vírus COVID-19

Publicado em 11/06/2020 23:58
Novo estudo nos EUA mostra temperatura, umidade e superfície que afetam tempo de sobrevivência do coronavírus

Washington, 9 jun (Xinhua) - Um novo estudo sobre a sobrevivência do coronavírus em diferentes cidades e superfícies mostra que a temperatura, a umidade e a superfície afetam o tempo de secagem das gotículas respiratórias com o vírus COVID-19.

No estudo publicado terça-feira na Physics of Fluids, os pesquisadores examinaram o tempo de secagem de gotículas respiratórias de indivíduos infectados com COVID-19 em várias superfícies em seis cidades ao redor do mundo, que são Nova York, Chicago, Los Angeles, Miami, Sydney e Cingapura.

Essas gotículas são expelidas da boca ou do nariz quando alguém com COVID-19 tosse, espirra ou até fala um pouco. O tamanho da gotícula é da largura do cabelo humano, e os pesquisadores examinaram superfícies frequentemente tocadas, como maçanetas de portas e telas sensíveis ao toque de smartphones.

Utilizando um modelo matemático estabelecido no campo da ciência das interfaces, os cálculos do tempo de secagem mostraram que a temperatura ambiente, o tipo de superfície e a umidade relativa desempenham papéis críticos.

Uma temperatura ambiente mais alta ajudou a secar as gotículas mais rapidamente e reduziu drasticamente as chances de sobrevivência do vírus. Em locais com maior umidade, as gotículas permanecem nas superfícies por mais tempo e as chances de sobrevivência do vírus melhoram, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores determinaram o tempo de secagem das gotículas em diferentes condições climáticas externas e examinaram se esses dados estavam relacionados à taxa de crescimento da pandemia de COVID-19.

"Compreender a sobrevivência do vírus em uma gota seca pode ser útil para outras doenças transmissíveis que se espalham pelas gotículas respiratórias, como a gripe A", disse Amit Agrawal, um dos autores.

O estudo sugere que superfícies, como telas de smartphones, algodão e madeira, devem ser limpas com mais frequência do que superfícies de vidro e aço, porque essas superfícies são relativamente hidrofílicas e as gotículas evaporam mais rapidamente nelas.

Beijing registra um novo caso confirmado de COVID-19

Beijing, 11 jun (Xinhua) -- Um novo caso de COVID-19 foi confirmado em Beijing, anunciaram fontes do governo local nesta quinta-feira.

O paciente, de 52 anos, foi a uma clínica no distrito de Xicheng na tarde de quarta-feira devido à febre intermitente. Mais tarde foi diagnosticado com COVID-19.

De acordo com a declaração do paciente, ele apresentava sintomas de febre e fadiga, mas sem tosse nem dor de garganta ou dor no tórax. Ele também garantiu que não havia deixado a cidade nas últimas duas semanas e não teve contato com pessoas de fora de Beijing.

Continente chinês registra 6 novos casos importados da COVID-19

Beijing, 12 jun (Xinhua) -- O continente chinês reportou seis novos casos importados da COVID-19 na quinta-feira, elevando o número total de casos importados para 1.803, informou a Comissão Nacional de Saúde nesta sexta-feira.

Dos seis casos importados, cinco foram em Shanghai e um na Província de Fujian, informou a comissão.

De todos os casos importados no continente, 1.740 tiveram alta hospitalar após recuperação, e 63 permanecem internados.

Não foram notificados óbitos dos casos importados.

Quatro pacientes de COVID-19 têm alta hospitalar na parte continental da China

Beijing, 12 jun (Xinhua) -- Quatro pacientes com COVID-19 receberam alta hospitalar após recuperação na parte continental chinesa na quinta-feira, informou nesta sexta-feira a Comissão Nacional de Saúde.

Ainda havia 65 pacientes em tratamento, informou a comissão em seu relatório diário.

No total, 78.365 pacientes foram curados e receberam alta hospitalar até quinta-feira, segundo o relatório.

Até quinta-feira, 83.064 casos confirmados de COVID-19 foram relatados na parte continental da China, incluindo 4.634 que morreram da doença.

Vacina contra peste suína africana da China mostra resultados iniciais positivos

Beijing, 11 jun (Xinhua) -- Uma vacina contra a peste suína africana mostrou resultados positivos nos primeiros testes, informou a Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (ACCA) nesta quarta-feira.

A vacina, desenvolvida pelo Harbin Veterinary Research Institute, da CAAS, usa o vírus da peste suína africana excluído do gene como vacina atenuada viva em suínos, e foi aprovada para testes clínicos em março.

Desde abril, testes clínicos têm sido realizados em três bases de reprodução na Província de Heilongjiang, Província de Henan e Região Autônoma Uigur de Xinjiang. Cerca de 3 mil suínos receberam a vacina.

Até agora, os leitões vacinados cresceram normalmente e se desenvolveram sem efeitos adversos óbvios.

Não foram encontradas alterações patológicas na anatomia dos suínos vacinados, e não foram encontradas diferenças óbvias entre o grupo vacinal e o grupo de controle. A taxa geral de mortalidade ficou abaixo de 1%.

Testes para a eficácia clínica da vacina ainda estão em andamento.

A peste suína africana, descrita pela primeira vez no Quênia em 1921, é uma doença viral altamente contagiosa encontrada em suínos com taxas de mortalidade que se aproximam de 100%. Na última década, a doença se espalhou por muitos países, representando um sério risco de expansão.

Sem vacina ou tratamento disponível, o abate de suínos é a maneira mais eficaz de conter os surtos.

Em outubro do ano passado, pesquisadores chineses relataram na revista Science que desvendaram a estrutura tridimensional do vírus da peste suína africana, estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento de vacinas eficazes e seguras contra a doença.

Fonte: Xinhua (estatal chinesa)

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