Ao manter rating, Moody's dá voto de confiança no Brasil, diz Salim Mattar

Publicado em 16/05/2020 15:06

BRASÍLIA (Reuters) - A manutenção do rating "Ba2" da dívida soberana do Brasil pela Moody's, com perspectiva estável, é um voto de confiança na estabilidade fiscal de longo prazo do país, disse o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Salim Mattar.

    A decisão da agência de classificação de risco na sexta-feira ocorre enquanto o déficit e a dívida do governo brasileiro atingem níveis recordes devido à crise do coronavírus e após a Fitch e a S&P terem cortado a perspectiva para o rating do país, de estável para negativa.

    "Em uma demonstração de confiança no Brasil, a agência de classificação de risco Moody's anunciou a manutenção do rating soberano do Brasil.", tuitou Mattar neste sábado.

    "O Ministro (da Economia, Paulo) Guedes tem como compromisso a continuidade das reformas e o ajuste fiscal para manutenção da confiança no país. Após a pandemia as contas serão reorganizadas", afirmou Mattar.

    A Moody's argumentou que as baixas taxas de juros facilitam o serviço da dívida, que espera consolidação fiscal pós-crise, e que o país tem exposição limitada à dívida externa, além de fortes reservas em moeda estrangeira.

    O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse na semana passada que o recorde do déficit orçamentário primário do governo neste ano pode exceder 9% do produto interno bruto, enquanto a dívida pode ultrapassar 90% do PIB.

    A economia deverá cair neste ano para o ritmo mais fraco em pelo menos um século, segundo o governo e um número crescente de economistas. Além disso, as crises políticas e de saúde do país estão se intensificando.

    O rating de crédito "Ba2" do Brasil pela Moody's está dois níveis abaixo do chamado grau de investimento.

Desembolsos do BNDES caem 42% no 1º trimestre

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nessa sexta feira que seus desembolsos no primeiro trimestre caíram 42% ante igual período de 2019, refletindo o impacto da pandemia de coronavírus na economia.

Os empréstimos no período somaram 8,3 bilhões de reais, com queda em todos os segmentos: agricultura, infraestrutura, indústria, comércio e serviços. As aprovações também caíram, mas as consultas avançaram 10% ano a ano.

Os empréstimos para indústria somaram 1,3 bilhão de reais, queda de 50% ano a ano, enquanto as liberações para infraestrutura somaram 2,9 de reais, recuo de 58%.

No trimestre, o BNDES registrou lucro líquido de 5,5 bilhões de reais, queda de 50% ano a ano. O resultado foi ancorado pela carteira de participações societárias do banco que promoveu no começo do ano uma venda de papéis da Petrobras.

Esse efeito foi atenuado pela provisão para risco de crédito de 1,7 bilhão de reais, influenciada por revisões da classificação de risco de empresas dos setores mais afetados pela pandemia do Covid-19.

Bolsonaro reconduz conselheiros de Itaipu; ministro Bento ganha vaga no colegiado

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reconduziu para novos mandatos quatro conselheiros da hidrelétrica binacional de Itaipu, parceria entre Brasil e Paraguai, e nomear o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para uma vaga no colegiado.

Todos os nomeados, incluindo os reconduzidos, terão mandato até maio de 2024, segundo decretos publicados em edição extra do Diário Oficial da União na noite de sexta-feira.

Entre os conselheiros reconduzidos estão o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr. A estatal é responsável pela gestão de Itaipu no Brasil e comercialização de sua energia, o que é feito no Paraguai pela também estatal Ande.

Também tiveram os mandados renovados os conselheiros Clélio Faria Júnior, Carlos Marun e José Carlos Aleluia.

Marun foi ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Michel Temer, que o indicou para o conselho de Itaipu, enquanto Aleluia é ex-deputado federal (DEM-BA) e ex-presidente da Chesf.

Fonte: Reuters

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