Vendas no varejo da China caem 19% no primeiro trimestre, diz Xinhua

Publicado em 19/04/2020 05:27

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- As vendas no varejo de bens de consumo da China, um importante indicador do crescimento do consumo, caíram 19% em termos anuais de janeiro a março deste ano, já que o surto do novo coronavírus atingiu a economia, disse nesta sexta-feira o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

A cifra se recuperou ligeiramente da queda de 20,5% nos primeiros dois meses, mostraram os dados da DNE.

Em março, as vendas no varejo de bens de consumo atingiram 2,645 trilhões de yuans (US$ 374 bilhões), queda anual de 15,8%.

As vendas no varejo nas áreas rurais caíram 17,7% anualmente no primeiro trimestre, e as nas áreas urbanas diminuíram 19,1%.

O declínio ocorreu quando os esforços para conter a propagação da COVID-19 mantiveram a maioria das pessoas em toda a China dentro de casa, além do fechamento de lojas e restaurantes nos últimos três meses.

Segundo a DNE, as receitas do setor de catering, uma das indústrias mais atingidas, caíram 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, as vendas online se mantiveram relativamente estáveis, pois os consumidores recorriam aos serviços online quando ficavam em casa, com queda anual de 0,8%. As vendas online de bens físicos se expandiram 5,9% para 1,85 trilhão de yuans, respondendo por 23,6% das vendas no varejo no primeiro trimestre.

Uma cliente experimenta um par de óculos de sol em uma nova loja de experiência duty-free aberta em um resort em Sanya, Província de Hainan, sul da China, em 15 de abril de 2020. (Xinhua/Pu Xiaoxu)

Economia chinesa cai 6,8% no primeiro trimestre devido ao impacto do vírus

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- O produto interno bruto (PIB) da China foi de 20,65 trilhões de yuans (US$ 2,91 trilhões) no primeiro trimestre de 2020 em meio ao impacto da COVID-19, uma baixa anual de 6,8%, mostraram nesta sexta-feira os dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

O desenvolvimento econômico e social do país manteve-se no geral estável no primeiro trimestre do ano, afirmou o DNE em uma coletiva de imprensa, embora reconhecendo que o surto da COVID-19 tem sido um teste severo.

Os dados mostraram que a produção do setor de serviços, que representa cerca de 60% do total do PIB, caiu 5,2%, enquanto a indústria primária e a secundária registraram baixas de 3,2% e 9,6%, respectivamente.

"A situação de controle e prevenção da epidemia continuou melhorando com uma interrupção básica na transmissão epidêmica no país", disse o DNE, acrescentando que a retomada do trabalho e da produção está acelerando e as indústrias fundamentais estão crescendo constantemente.

As cifras da sexta-feira apontaram que o mercado de trabalho da China melhorou ligeiramente em março, com a taxa de desemprego pesquisada nas áreas urbanas em 5,9%, queda de 0,3 ponto percentual ante o mês anterior.

Produção industrial da China cai 8,4% no primeiro trimestre

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- A produção industrial de valor agregado da China, um indicador importante da economia, caiu 8,4% no primeiro trimestre deste ano, visto que a epidemia do novo coronavírus teve um enorme impacto na produção industrial, mostraram os dados publicados pelo Departamento Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira.

A produção da indústria manufatureira diminuiu 10,2%, enquanto a geração e o fornecimento de eletricidade, energia térmica, gás e água registraram uma queda anual de 5,2%.

O setor de mineração registrou uma queda na produção de 1,7% no mesmo período.

Quanto à propriedade, a produção das companhias controladas pelo Estado caiu 6%, a das sociedades por ações, 8,4%, e a das empresas de capital estrangeiro 14,5%.

No primeiro trimestre, a produção do setor privado baixou 11,3% ao ano.

A produção industrial é usada para medir as atividades das grandes empresas designadas com um volume comercial anual de pelo menos 20 milhões de yuans (US$ 2,82 milhões).

Investimento imobiliário da China cai 7,7% no primeiro trimestre

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- O investimento da China em desenvolvimento imobiliário diminuiu 7,7% em termos anuais no primeiro trimestre de 2020, queda inferior a de 16,3% registrada nos primeiros dois meses, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) nesta sexta-feira.

O total de investimento imobiliário durante o período foi de 2,2 trilhões de yuans (US$ 331 bilhões), segundo os dados do DNE.

O investimento em edifícios residenciais caiu 7,2% em relação ao ano anterior, para 1,6 trilhão de yuans no primeiro trimestre, 8,8 pontos percentuais a menos que o declínio no primeiro bimestre.

Os dados desta sexta-feira também mostraram que as vendas de pontos comerciais em termos de área de piso totalizaram 219,78 milhões de metros quadrados de janeiro a março, uma queda anual de 26,3%, 13,6 pontos percentuais a menos que a redução de janeiro a fevereiro.

No primeiro trimestre, as vendas de imóveis comerciais em termos de valor caíram 24,7%, para 2,04 trilhões de yuans, diminuindo 11,2 pontos percentuais em comparação com a queda de janeiro a fevereiro.

Investimento em ativos fixos da China cai 16,1% no primeiro trimestre

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- O investimento em ativos fixos (IAF) da China caiu 16,1% em termos anuais, para 8,41 trilhões de yuans (US$ 1,19 trilhão), no primeiro trimestre de 2020, informou nesta sexta-feira o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

A queda diminuiu 8,4 pontos percentuais em comparação com os dois primeiros meses do ano.

O IAF em março subiu 6,05% em relação a fevereiro.

Quanto ao setor agrícola, o investimento em ativos fixos caiu 13,8% em termos anuais no primeiro trimestre, enquanto nos setores de produção e de serviços caiu 21,9% e 13,5%, respectivamente, segundo os dados do DNE.

O declínio nos três setores diminuiu 11,8 pontos percentuais, 6,3 pontos percentuais e 9,5 pontos percentuais, respectivamente no primeiro trimestre, em comparação com a queda no primeiro bimestre.

O investimento privado recuou 18,8%, para 4,78 trilhões de yuans, entre janeiro e março, e o investimento nas indústrias de alta tecnologia caiu 12,1% durante o período.

O IAF inclui gasto de capital em infraestrutura, imóveis, máquinas e outros ativos físicos.

Mercado de trabalho da China melhora ligeiramente em março

Beijing, 17 abr (Xinhua) -- O mercado de trabalho da China melhorou ligeiramente em março, com a taxa de desemprego nas áreas urbanas em 5,9%, segundo os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.

O número caiu 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas(DNE).

Um total de 2,29 milhões de novos empregos urbanos foi criado no primeiro trimestre de 2020, disse o DNE, observando que a situação do emprego tem sido geralmente estável.

A taxa de desemprego pesquisada entre as pessoas entre 25 e 59 anos, a maioria do mercado de trabalho, situou-se em 5,4% em março, queda de 0,2 ponto percentual ante fevereiro.

Enquanto isso, a taxa de desemprego urbano pesquisada em 31 grandes cidades foi de 5,7% no mês passado, segundo o DNE.

A taxa de desemprego urbano pesquisada é calculada com base no número de pessoas desempregadas que participaram da pesquisa de emprego em áreas urbanas, incluindo trabalhadores migrantes nas cidades.

Hubei, na China, não relata novos casos de COVID-19

Pessoas compram comida em Wuhan, capital da Província de Hubei, centro da China, em 16 de abril de 2020. A vida retorna gradualmente ao normal em Wuhan pois a epidemia do coronavírus está sob controle. (Xinhua/Shen Bohan)

Wuhan, 18 abr (Xinhua) -- Nenhum novo caso de COVID-19 foi relatado na sexta-feira na Província de Hubei, no centro da China, informou a Comissão de Saúde de Hubei neste sábado.

No mesmo dia, Hubei não registrou novas mortes causadas pela COVID-19.

A comissão reportou que Hubei tinha 589 pacientes assintomáticos da COVID-19 sob observação médica até sexta-feira, com 33 novos casos sendo relatados no mesmo dia.

Sete pacientes com COVID-19 foram liberados dos hospitais após a recuperação na sexta-feira, e todos aconteceram na capital provincial Wuhan. Dos 122 pacientes ainda em tratamento hospitalar, nove estavam em estado grave e outros 18 em estado crítico.

Hubei contabilizou até agora 68.128 casos confirmados de COVID-19, entre os quais 50.333 na capital Wuhan.

Mais de 500 pacientes de COVID-19 são tratados com plasma convalescente em Wuhan

Wuhan, 18 abr (Xinhua) -- Mais de 500 pacientes da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) foram tratados até agora com plasma de casos recuperados em Wuhan, capital da Província de Hubei, centro da China, informaram na sexta-feira as autoridades locais.

O Centro de Sangue de Wuhan coletou cerca de 380 mil mililitros de plasma de 1.101 pacientes recuperados para usá-los como tratamento para pacientes da COVID-19, explicou Wang Lan, que lidera o centro.

O plasma foi enviado a 13 hospitais designados, mencionou Wang.

Em Hubei, o plasma de 1.627 pacientes recuperados foi coletado para tratar mais de 600 doentes, disse Yu Xuehua, da comissão provincial de saúde.

O plasma convalescente processado do plasma coletado de pacientes recuperados da COVID-19 contém uma grande quantidade de anticorpos protetores.

A primeira dose de plasma convalescente de um paciente da COVID-19 foi obtida em 1º de fevereiro e o primeiro paciente severamente doente recebeu o tratamento em um hospital de Wuhan em 9 de fevereiro.

 

Fonte: Xinhua (estatal chinesa)

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