Fitch rebaixa rating da Argentina para "C" (risco de inadimplência iminente)
(Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating de crédito da Argentina para "C", ante "CC", nesta sexta-feira, assegurando que um default pode ser iminente caso o país não consiga chegar a um acordo com os detentores de títulos nas próximas semanas.
O ministro da Economia da Argentina disse na quinta-feira que oferecerá a seus credores um corte de 62% nos juros, um período de carência de três anos e um levantamento de capital de 5,4% em sua dívida externa de quase 70 bilhões de dólares, que o país atualmente considera impagável.
Para a Fitch, a redução no rating indica que foi iniciado um processo de conversão de dívida não paga. A agência também manteve o rating de crédito da moeda local da Argentina em "default restrito".
Os títulos do país no mercado de balcão disparavam nesta sexta-feira, e o risco-país da Argentina caía 312 pontos base após a apresentação das diretrizes para reestruturação da dívida.
Moody's adota perspectiva negativa para sistema bancário no Brasil por crise do coronavírus
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Placa da Agência Moody's em Nova York, Estados Unidos.
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's alterou nesta sexta-feira, de estável para negativa, a perspectiva para o sistema bancário brasileiro, alegando que o choque causado pela pandemia do coronavírus deve afeta o setor de forma significativa.
"A queda inesperada na economia, o declínio da renda familiar e o aumento do desemprego vão pressionar a qualidade de ativos dos bancos e reduzir a capacidade de pagamento dos tomadores de crédito, elevando a inadimplência e os custos de crédito", afirmou em relatório a vice-presidente sênior da Moody's, Ceres Lisboa.
Para a agência, à medida que a economia contrai em resposta às medidas do governo para restringir a circulação e controlar o avanço do coronavírus, a demanda por crédito e o volume geral de negócios diminui impactando a receita dos bancos. O declínio econômico também sinaliza ser mais provável que os juros baixos persistam por um período prolongado", acrescenta.
Por outro lado, a instituição avalia que as medidas do governo ajudarão a manter liquidez adequada dos bancos, enquanto os níveis robustos de capital e reservas contra perdas de crédito fornecem um colchão contra perdas.