Em marco sombrio, EUA registram maior número de mortes por coronavírus do mundo

Publicado em 11/04/2020 19:56 e atualizado em 12/04/2020 10:54

NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos superaram a Itália neste sábado como o país com o maior número de mortes por coronavírus, registrando mais de 20.000 mortes desde o início do surto, segundo contagem da Reuters.

O marco sombrio foi alcançado em meio às ponderações do presidente Donald Trump sobre quando o país, que registrou mais de meio milhão de infecções, pode começar a ver um retorno à normalidade.

Os Estados Unidos registraram o maior número de mortos até o momento na epidemia, com cerca de 2.000 mortes por dia nos últimos quatro dias seguidos, com grande parte delas ocorrendo na cidade de Nova York e seus arredores.

Mesmo este número é visto como possivelmente menor que a realidade, já que Nova York ainda está descobrindo a melhor maneira de incluir um aumento ocorrido nas mortes em casa em suas estatísticas oficiais.

Especialistas em saúde pública alertaram que o número de mortos nos EUA poderá subir para 200.000 durante o verão se os pedidos sem precedentes para ficar em casa, que fecharam negócios e mantiveram a maioria dos norte-americanos em isolamento, forem suspensos depois de 30 dias.

A maioria das restrições atuais à vida pública, no entanto, incluindo fechamento de escolas e ordens de emergência que mantêm trabalhadores não essenciais confinados em suas casas, decorrem de ordens de governadores e não do presidente.

No entanto, Trump disse que deseja que a vida volte ao normal o mais rápido possível e que as medidas destinadas a conter a propagação do Covid-19 têm seu próprio custo econômico e de saúde pública.

As atuais diretrizes federais vão até 30 de abril.

Trump, que busca a reeleição em novembro, terá que decidir se deve estendê-las ou começar a incentivar as pessoas a voltar ao trabalho e a um estilo de vida mais normal.

Trump disse que iria divulgar um novo conselho consultivo, possivelmente na terça-feira, que incluirá alguns governadores estaduais e se concentrará no processo de reabertura da economia dos EUA.

O número de americanos que buscam benefícios de desemprego nas últimas três semanas ultrapassou 16 milhões, com novos pedidos semanais superando 6 milhões pela segunda vez consecutiva na semana passada.

O governo disse que a economia eliminou 701.000 empregos em março. Essa foi a maior perda de empregos desde a Grande Recessão e encerrou o maior boom de empregos na história dos EUA, iniciado no final de 2010.

Navio da Marinha dos EUA transita pelo Estreito de Taiwan no mesmo dia de exercícios de caças chineses

TAIPEI (Reuters) - Um destróier de mísseis guiados da Marinha dos Estados Unidos navegou pelo sensível Estreito de Taiwan na sexta-feira, disseram os militares dos EUA e de Taiwan, no mesmo dia em que os caças chineses sobrevoaram águas próximas à ilha governada democraticamente.

A China, que considera Taiwan de seu domínio, tem ficado irritada com o apoio intensificado do governo de Donald Trump à ilha, com ações que incluíram mais vendas de armas, patrulhas dos EUA nas proximidades e uma visita a Washington pelo vice-presidente eleito, William Lai, em fevereiro.

Taiwan e China também estão envolvidas em uma briga amarga sobre a falta de adesão à Organização Mundial de Saúde durante o surto de coronavírus, por causa das objeções de Pequim, que a considera apenas uma província chinesa. 

A frota do Pacífico dos EUA deu nome ao navio que navegava pelo estreito de Taiwan de Arleigh Burke, da classe USS Barry.

Também na sexta-feira, Taiwan disse que os bombardeiros chineses H-6 e caças J-11 realizaram novamente exercícios acima das águas a sudoeste. A força aérea de Taiwan acompanhou as operações de perto.

Taiwan tem reclamado repetidamente das pressões militares pela China durante a crise do vírus.

Casos de Covid-19 passam de meio milhão nos EUA, Trump enfrenta 'maior decisão' sobre retomar atividades

NOVA YORK (Reuters) - O número de casos de coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou meio milhão no fim de semana do feriado de Páscoa, com 18.700 mortes, enquanto o presidente Donald Trump afirmou que a decisão sobre quando será seguro reabrir o país será a maior que ele já teve de tomar. 

Especialistas em saúde pública alertaram que o número de mortos nos EUA poderá subir para 200.000 durante o verão se os pedidos sem precedentes para ficar em casa, que fecharam negócios e mantiveram a maioria dos norte-americanos em isolamento, forem suspensos depois de 30 dias.

Trump, buscando a reeleição em novembro, disse desejar que a vida volte ao normal o mais rápido possível e que as amplas restrições ao movimento destinadas a conter a propagação da doença Covid-19 causada pelo novo coronavírus carregam seus próprios custos à saúde pública e à economia.

"Vou ter que tomar uma decisão e espero por Deus que seja a decisão certa", disse ele a repórteres na sexta-feira. "É a maior decisão que eu já tive de tomar."

Trump afirmou que os fatos determinariam o próximo passo. Questionado sobre quais parâmetros ele usaria para fazer seu julgamento, ele apontou para sua testa: "Os parâmetros estão aqui, esses são os meus parâmetros."

As atuais diretrizes federais vão até 30 de abril.

O presidente terá que decidir se deve estendê-las ou começar a incentivar as pessoas a voltar ao trabalho e a um estilo de vida mais normal. Trump disse que iria divulgar um novo conselho consultivo, possivelmente na terça-feira, que incluirá alguns governadores estaduais e se concentrará no processo de reabertura da economia dos EUA.

O número de americanos que buscam benefícios de desemprego nas últimas três semanas ultrapassou 15 milhões, com novos pedidos semanais superando 6 milhões pela segunda vez consecutiva na semana passada.

O governo disse que a economia eliminou 701.000 empregos em março. Essa foi a maior perda de empregos desde a Grande Recessão e encerrou o maior boom de empregos na história dos EUA, iniciado no final de 2010.

Fonte: Reuters

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