Wall St dispara com esperanças da redução de mortes por coronavírus

Publicado em 06/04/2020 20:45

NOVA YORK (Reuters) - As ações nos Estados Unidos subiram nesta segunda-feira, com cada um dos principais índices avançando pelo menos 7%, depois de uma queda no número diário de mortos em Nova York, o maior epicentro de coronavírus do país, alimentando o otimismo em torno do arrefecimento da pandemia do novo coronavírus.

No domingo, Nova York relatou que as mortes relacionadas ao vírus tinham recuado ligeiramente em relação ao dia anterior, a primeira redução em uma semana.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, informou nesta segunda-feira que as hospitalizações de pacientes com coronavírus estão em baixa e a taxa de aumento das mortes se estabilizou no Estado mais atingido. Mas ele alertou contra a complacência.

"Vendo o mercado subir do jeito que está, mesmo que os fundamentos continuem em queda livre, o mercado está olhando para a depressão e dizendo 'daqui a seis meses, as coisas estarão em ascensão'", disse Sam Stovall, diretor de investimentos e estrategista da CFRA Research em Nova York.

Mesmo com os sinais positivos, as autoridades norte-americanas têm preparado o país para uma "semana de pico de morte" da pandemia, com o total de mortos chegando a 10 mil.

O índice Dow Jones subiu 7,73%, para 22.679,99 pontos, o S&P 500 valorizou 7,03%, para 2.663,68 pontos, e o Nasdaq Composite ganhou 7,33%, para 7.913,24 pontos.

Os índices tiveram o maior aumento percentual diário desde 24 de março.

Todos os 30 componentes do Dow subiram, liderados por um ganho de 19,47% das ações da Boeing, enquanto os setores de tecnologia e de serviços públicos --entre os de melhor desempenho no ano-- saltaram mais de 8%.

Trump: continuamos em momento crucial na luta contra a pandemia de coronavírus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o país continua em "um momento crucial" na luta contra a pandemia de coronavírus. Em entrevista coletiva, Trump voltou a detalhar medidas de seu governo para reforçar esse combate, entre elas o envio de respiradores para áreas atingidas.

Trump informou que a 3M fechou um acordo para vender 167 milhões de máscaras. Além disso, comentou que a Apple ajudará a produzir equipamentos de proteção facial para trabalhadores da área de saúde que lidam com os pacientes infectados.

O presidente americano disse que a reabertura da economia poderia ocorrer "antes do que muitos esperam", mas sem se comprometer com datas.

Na coletiva, Trump também lamentou a notícia de que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi para a UTI hoje, por ter piorado dos sintomas de coronavírus. Ele voltou a elogiar Johnson e disse que ele e os americanos estão orando por sua saúde.

Fitch rebaixa rating da Argentina para "default restrito"

(Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito de longo prazo da Argentina nesta segunda-feira a "default restrito", de CC, após o país prorrogar pagamentos de dívidas denominadas em dólares.

Em um decreto no domingo, o governo argentino informou que planejava prorrogar até o final do ano pagamentos de até 10 bilhões de dólares de dívida em dólar emitida sobre a legislação local. 

A classificação default restrito é um degrau acima do "default", enquanto CC representa níveis muito elevados de risco de crédito.

Fonte: Reuters

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