EUA citam progresso em disposições agrícolas de acordo comercial com a China

Publicado em 24/03/2020 20:30

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e a China fizeram progresso na implementação de disposições relacionadas à agricultura no acordo comercial de Fase 1 entre os países, que entrou em vigor em 14 de fevereiro, disseram nesta quinta-feira o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) e o Representante de Comércio norte-americano.

Em comunicado conjunto, os órgãos listaram uma série de medidas que devem ajudar a impulsionar as exportações de carnes bovina, de aves e outros produtos agrícolas dos EUA para a China, acrescentando que os bens agrícolas e alimentícios norte-americanos estão se beneficiando de alívios fiscais concedidos pelos chineses.

"Essas medidas mostram que a China está caminhando na direção certa para implementar o acordo de Fase 1", disse o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue.

"Vamos continuar trabalhando com a China para garantir a plena implementação dos compromissos, e aguardamos para ver novas melhorias e progresso conforme mantemos nossas discussões bilaterais."

Como parte do acordo assinado em 15 de janeiro, Pequim concordou em quase dobrar as compras de produtos agrícolas dos EUA, além de reduzir diversas barreiras ao comércio agrícola que, segundo Washington, limitavam o acesso norte-americano ao lucrativo mercado chinês.

Desde então, a China se comprometeu a não impor proibições de nível nacional às importações de aves provenientes dos EUA em caso de detecção de gripe aviária, passando a suspender apenas as compras de Estados onde a doença tenha se manifestado.

Recentemente, a China também elevou as compras de produtos agrícolas norte-americanos, incluindo a primeira compra de trigo duro vermelho de inverno desde 2017 e a maior aquisição de milho dos EUA desde 2013.

Por outro lado, as importações de produtos-chave, como a soja, mais valiosa exportação agrícola norte-americana, permanecem em níveis inferiores aos verificados antes da guerra comercial sino-americana.

(Reportagem de Andrea Shalal e David Lawder, em Washington, e Karl Plume, em Chicago)

Fonte: Reuters

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