Participantes do Agro questionam o rigor do isolamento para conter coronavírus

Publicado em 24/03/2018 18:32 e atualizado em 24/03/2020 20:39
"O Brasil não vai parar! E terá a força do agro para que a economia não sofra as consequencias trágico do isolamento", dizem os representantes da sociedade ouvidos pelo NA

Com o avanço da pandemia do coronavírus, o Brasil e o mundo passam por um momento único na História. São diversas crises que acometem a humanidade neste momento, sendo a mais grave delas a crise política e econômica. Para conter o vírus, medidas extremas foram tomadas ao redor do globo, como o fechamento de fronteiras e a reclusão das pessoas em seus lares.

Entende-se que medidas precisam ser tomadas, como a necessidade de quarentena, porém, algumas medidas tomadas por certas autoridades políticas estão inclusive contrariando a Constituição Brasileira. O agronegócio é um dos setores que tem batalhado contra a paralisação geral do Brasil, já que isso acarretaria em um caos social de grandes proporções. Além da extinção de empregos e de uma grande retração na economia, essas decisões colocam em risco tanto a produção quanto a distribuição de alimentos.

Por isso, diversos representantes do agronegócio foram ouvidos pelo Notícias Agrícolas é imprescindível uma atuação em conjunta que respeite os diretos de todos os cidadãos brasileiros e analise com profundidade os reflexos e consequencias do isolamento social imposta para a sociedade. Acompanhem as entrevistas:

Osmar Terra, médico e especialista em saúde pública, é contra o isolamento

Há um erro de abordagem no isolamento da sociedade, diz Pinheiro Pedro

LC Molion: Número de vítimas por coronavírus na Europa estaria sendo inflado por mortes que tradicionalmente ocorrem no inverno

A baixa temperatura provoca problemas respiratórios e circulatórios, sobretudo em idosos já com saúde debilitada
 

"O Brasil sairá mais forte dessa crise, estamos virando uma nação", diz Juarez Gavinho, da Iguaçu.

 

Trump diz que restrições por coronavírus podem levar a milhares de mortes

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que as restrições relacionadas ao coronavírus, que têm fechado negócios em muitas regiões dos Estados Unidos, poderão levar a mortes.

"Você vai perder mais pessoas colocando um país em uma recessão ou maciça depressão. Você vai perder pessoas. Você terá suicídios aos milhares", disse o presidente à Fox News. Trump não mencionou nenhuma evidência para apoiar a afirmação.

"Temos que fazer nosso país voltar ao trabalho. Nosso país quer voltar ao trabalho", disse ele. "Essa solução é pior que o problema. Novamente, pessoas, muitas pessoas --na minha opinião, mais pessoas-- vão morrer se permitirmos que isso continue. Temos que voltar ao trabalho. Nosso povo quer voltar ao trabalho."

O surto já infectou mais de 50 mil pessoas nos Estados Unidos e matou pelo menos 660, fechou milhares de empresas e levou os governadores a ordenarem que cerca de 100 milhões de pessoas --quase um terço da população do país-- fiquem em casa.

Trump quer reativar economia até a Páscoa apesar de propagação do coronavírus

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta terça-feira em defender a reativação da economia até meados de abril, apesar de uma disparada de casos de coronavírus, minimizando a pandemia como fez nos primeiros momentos ao compará-la a uma gripe sazonal.

No dia 16 de março, Trump e sua equipe de combate ao coronavírus divulgaram recomendações para que toda a população do país reduza as interações sociais e profissionais durante 15 dias na tentativa de diminuir a disseminação do vírus.

Mas o presidente republicano, que busca a reeleição em novembro, começou a se irritar com as repercussões econômicas.

Durante uma transmissão ao vivo do canal Fox New, ele disse que gostaria que os negócios reabrissem as portas até a Páscoa, que será comemorada em 12 de abril.

"Eu adoraria ter o país aberto e ansioso para passar a Páscoa", disse.

O presidente disse que os EUA não adotaram medidas drásticas para combater os acidentes de carro e as mortes de gripes semelhantes àquelas que está tomando para o coronavírus, e que os norte-americanos podem continuar a praticar medidas de distanciamento social, que especialistas em saúde dizem ser cruciais para evitar infecções, mas ao mesmo tempo voltar ao trabalho.

"Perdemos milhares e milhares de pessoas por ano para a gripe. Não desligamos o país. Você pode destruir um país assim ao fechá-lo."

Trump tem sido criticado por colegas republicanos e outros por dizer que gostaria de reativar a economia enquanto o Pentágono e outros preveem que o surto pode durar meses.

Larry Hogan, governador republicano de Maryland, disse à CNN nesta terça-feira: "Não achamos que estaremos prontos de maneira nenhuma para sair disto em cinco ou seis dias ou algo assim, ou seja lá quando estes 15 dias terminarem a partir do momento em que ligaram este relógio imaginário."

A Fox também tem sido criticada por seu tratamento do vírus, já que os apresentadores de alguns programas de opinião o minimizaram no período inicial da proliferação.

O presidente, que no início da crise disse que o vírus estava sob controle, está atordoado com seu impacto na economia e no mercado de ações.

"Nosso povo quer voltar ao trabalho", disse ele no Twitter na manhã desta terça-feira.

-- "Ele praticará o distanciamento social e tudo o mais, e os idosos serão cuidados de forma protetora e amorosa. Conseguiremos fazer duas coisas juntas. A CURA NÃO PODE SER PIOR (de longe) DO QUE O PROBLEMA!"

Fonte: Notícias Agrícolas

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