Brasil tem 25 mortes por coronavírus, alta de 39% em um dia

Publicado em 20/03/2020 16:50 e atualizado em 22/03/2020 21:54

O Ministério da Saúde confirmou neste domingo, 22, que o País já tem 25 mortes causadas pelo novo coronavírus. De acordo com a pasta, são 1.546 casos confirmados da doença. Em relação aos dados divulgados no sábado, 21, são 418 casos a mais, um aumento de 37%, e mais sete mortes, um crescimento de 39%. São Paulo continua tendo o maior número mortes, agora são 22, e também de casos confirmados, 631. No sábado, eram 15 mortes no Estado.

De acordo com o Ministério da Saúde, todos os Estados do País já têm casos confirmados - até sábado, Roraima não tinha casos, e agora registra dois. No Norte, são 49 casos, 3,2% do total. No Nordeste, 231 casos, 14,9% do total. No Centro-Oeste, 161 casos, 10,4% do total. No Sul, 179 casos, 11,6% do total. O Sudeste concentra o maior número de casos, 926 ao todo, com 59,9%, e todas as mortes, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Durante a coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os mais de 5 milhões de testes rápidos encomendados pelo governo para os próximos oito dias virão de uma fabricante chinesa e apresentam sensibilidade de 86,43% e especificidade de 99,5%. A expectativa é que a pasta trabalhe com uma escala de 30 a 50 mil exames por dia.

De acordo com Mandetta, a maioria dos pacientes deve apresentar sintomas leves. "Depois, uma minoria irá necessitar de internação hospitalar. Se isso acontecesse distribuído no ano, não teríamos problema nenhum. Seria mais um resfriado, uma gripe forte, uma pneumonia. Mas como ninguém tem imunidade, vai acontecer de maneira bruta e levar muita gente ao SUS. É como ter uma geladeira em casa e todo o quarteirão precisar guardar algo nela", disse o ministro.

O ministro também relembrou que a campanha de vacinação contra a gripe começa no País nesta segunda-feira, 23, com foco em profissionais de saúde e pessoas acima de 60 anos, como forma de evitar casos graves no futuro.

Cloroquina

Sobre o uso da cloroquina, o ministro afirma que ainda não sabe se ela é eficiente contra a doença. "Já tínhamos pesquisas acontecendo, mas em número reduzido", disse. De acordo com Mandetta, o Brasil tem "condição total" de produzir esse medicamento em grande escala, em instituições como Fiocruz e Hospital do Exército, podendo até distribuir para outros países.

Mas Mandetta ponderou que a medicação tem "possíveis efeitos colaterais intensos que podem ser muito mais graves e danosos do que uma gripe que quase metade da população não vai pegar."

Ministro pede que profissional de saúde não se afaste do trabalho

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu que os profissionais de saúde não se afastem do trabalho. Ele repetiu que os testes rápidos do novo coronavírus serão usados primeiro nas equipes de saúde.

"O Brasil está aplaudindo os trabalhadores da saúde. Mas a mão que aplaude é a mesma que apedreja. Temos que estar todos preparados para a pressão sobre os funcionários do sistema", alertou.

Mandetta voltou a criticar as pessoas que correram às farmácias para comprarem cloroquina, que a partir de agora será vendida apenas com receita médica. "As pessoas atacaram as farmácias e tiraram medicamento de quem precisa, por pânico", repetiu.

Como o coronavírus está distribuído pelo Brasil (casos confirmados e mortes)

REGIÃO NORTE: 49 casos - 3.2% do total

Acre: 11

Amazonas: 26

Amapá: 1

Pará: 4

Rondônia: 3

Roraima: 2

Tocantins: 2

NORDESTE: 231 casos - 14.9%

Alagoas: 7

Bahia: 49

Ceará: 112

Maranhão: 12

Paraíba: 1

Pernambuco: 37

Rio Grande do Norte: 9

Sergipe: 10

SUDESTE: 916 - 59.9%

Espírito Santo: 26

Minas Gerais: 83

Rio de Janeiro: 186 - 3 óbitos

São Paulo: 631 - 22 óbitos

CENTRO-OESTE: 161 casos - 10.4%

Distrito Federal: 117

Goiás: 21

Mato Grosso do Sul: 21

Mato Grosso: 2

SUL: 169 - 11.6 %

Paraná: 50

Santa Catarina: 57

Rio Grande do Sul: 72

Casos de coronavírus na cidade do Rio sobem para 170; aumento de 67 em um dia

O Centro de Operações Rio (COR) atualizou neste domingo, 22, o Painel Rio Covid-19, informando que subiram para 170 os casos confirmados na cidade do Rio, um aumento de 67 casos em um dia. Ontem, a cidade tinha 103 casos confirmados. O número de bairros afetados pelo vírus subiu de 29 para 33 na mesma comparação.

A Barra da Tijuca, na zona oeste, continua liderando o número de confirmações, subindo de 18 para 29 desde ontem (21/3). No Leblon, os registros de casos confirmados subiram de 16 para 23, e Ipanema, de 10 para 21. A Lagoa, que tinha três casos, dobrou para 6, confirmando uma maior incidência na zona sul da cidade.

Até o momento, a única favela a registrar um caso confirmado foi a Cidade de Deus, na zona oeste. Um grupo de moradores está circulando pela comunidade para alertar sobre o perigo de contágio e pedindo para os moradores ficarem em casa, segundo uma rede social.

Os casos suspeitos caíram de 189 para 175 de um dia para o outro Existem 23 pessoas hospitalizadas e 12 em UTI.

O registro de confirmações da pandemia em mulheres subiu para 54,5% e dos homens também teve alta, para 43,5% em relação às informações anteriores. A faixa etária mais afetada é dos 30 a 39 anos, responsáveis por 87 dos casos.

Secretaria do RJ investiga morte de jovem de 27 anos com sintomas de coronavírus

Um jovem de 27 anos morreu na madrugada deste domingo com sintomas do coronavírus no Hospital Badim, na Tijuca, zona norte do Rio. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio ainda investiga se o homem estava com a doença.

Em boletim divulgado no início da noite, a secretaria informa que o Estado do Rio tem 186 casos confirmados, três mortos pelo coronavírus e mais dez mortes suspeitas sob investigação.

Entre os casos confirmados ou suspeitos internados, 15 estão em leitos clínicos e outros 17 estão em tratamento intensivo. Os demais estão em isolamento domiciliar.

A capital fluminense ainda não tem nenhuma morte confirmada pelo Covid-19. Segundo o Painel Rio COVID-19, atualizado pela prefeitura do Rio às 14h deste domingo, a cidade tinha 170 casos confirmados e 175 suspeitos. Entre as vítimas da doença, 23 estavam hospitalizadas, sendo 12 delas em Unidades de Terapia Intensiva. Os casos confirmados de coronavírus já alcançam 33 bairros.

Houve aumento de 67 casos confirmados de COVID-19 em apenas um dia. No sábado, a cidade tinha 103 casos confirmados, em 29 bairros.

A Barra da Tijuca, na zona oeste, continua liderando o número de confirmações, subindo de 18 no sábado para 29 neste domingo. Até o momento, a única favela a registrar um caso confirmado foi a Cidade de Deus, também na zona oeste. Um grupo de moradores está circulando pela comunidade para alertar sobre o perigo de contágio e pedindo para os moradores ficarem em casa, segundo uma rede social.

Entre os doentes confirmados, 54,5% eram mulheres. A faixa etária mais afetada é a dos 30 a 39 anos, responsável por 87 dos casos.

Mandetta: quando chegar em 50% das pessoas infectadas ritmo vai diminuir

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse neste domingo, 22, não ter uma estimativa exata para a porcentagem da população que pegará o novo coronavírus, mas apontou que a velocidade de transmissão da covid-19 tende a se reduzir muito quando metade das pessoas já adquiram o vírus.

"O que a gente sabe é que quando passa de 50% da população infectada, o vírus já não consegue multiplicar mais na mesma velocidade. Se vai ser 50%, 60% ou 70% da população, isso é secundário. Em saúde, dois mais dois, pode ser quatro, três e meio. Cada organismo é diferente, cada população é diferente", respondeu.

O ministro pediu ainda que os secretários municipais de saúde coloquem os cuidadores de idosos na lista de pessoas a serem vacinadas contra a gripe comum nesse primeiro momento.

EUA

Mandetta avaliou que os Estados Unidos provavelmente serão o País mais parecido com o Brasil no enfrentamento do coronavírus, devido às características dos dois países.

"Temos um comportamento de vírus da Itália, o que nos deixou mais preocupados. As faixa etárias e população por metro quadrado nos diferem. Eles têm vantagem no sistema de saúde, mais estruturado e com mais dinheiro", comparou.

Já os EUA são o primeiro país continental como o Brasil a passar pela pandemia. "Vamos ver o que vai acontecer nos EUA, pois os comportamentos são parecidos" completou.

Itália registra 651 mortes por coronavírus em um dia e total vai a 5.476

ROMA (Reuters) - O número de mortos pelo surto de coronavírus na Itália aumentou em 651 em um dia, para um total de 5.476, disseram autoridades neste domingo, um aumento de 13,5%, mas abaixo do crescimento registrado na véspera, quando foram relatadas 793 mortes.

O número total de casos na Itália subiu para 59.138 em relação aos 53.578 anteriores, um aumento de 10,4%, informou a Agência de Proteção Civil. O número representa o menor aumento em termos percentuais desde que o contágio veio à luz no país, em 21 de fevereiro.

Das pessoas originalmente infectadas em todo o país, 7.024 haviam se recuperado totalmente no domingo, em comparação com 6.072 no dia anterior. Havia 3.009 pessoas em terapia intensiva, contra 2.857 antes.

A região norte da Lombardia, a mais atingida, permaneceu em uma situação crítica, com 3.456 mortes e 27.206 casos, contra 3.095 e 25.515 anteriormente, respectivamente.

Angola confirma primeiros casos de coronavírus, que se espalha pela África

NAIRÓBI/JOHANESBURGO (Reuters) - Angola confirmou, neste sábado, seus primeiros dois casos de coronavírus, enquanto as Ilhas Maurício registraram a primeira morte, à medida que o vírus se espalha pela África.

O continente tem sentido o impacto com menos velocidade do que Ásia e Europa, e a maioria dos seus casos relatados são de estrangeiros ou de pessoas que retornaram de outros países.

Mas infecções confirmadas começaram a se acelerar, com mais de 830 ao redor da África, segundo contagem da Reuters, e preocupações crescem sobre a habilidade do continente de lidar com um surto de casos sem a quantidade de instalações médicas disponíveis em economias mais desenvolvidas.

Os primeiros casos de Angola são dois angolanos que voltaram de Portugal em 17 e 19 de março, afirmou a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, em uma entrevista coletiva.

O Zimbábue relatou seu primeiro caso na sexta-feira e o segundo no sábado, enquanto as Ilhas Maurício, com 14 casos, registraram sua primeira morte, uma pessoa que havia viajado da Bélgica via Dubai.

Muitos países africanos já fecharam suas fronteiras, escolas e universidades e proibiram grandes aglomerações de público para limitar a disseminação do vírus, que infectou mais de 250.000 pessoas ao redor do mundo e matou mais de 10.000.

A África do Sul, país com mais casos na África subsaariana, confirmou 38 novos casos, levando o total a 240.

O país mais populoso da África, a Nigéria, confirmou 10 novos casos, incluindo os primeiros três na capital Abuja, chegando a um total de 22.

Egito fecha mesquitas e igrejas por causa do coronavírus

CAIRO (Reuters) - O Egito ordenou neste sábado que mesquitas e igrejas fechem as portas em uma tentativa de limitar a disseminação do coronavírus, após pressão para que o governo seguisse os passos tomados por países vizinhos.

O Egito até agora registrou 285 casos confirmados de coronavírus, incluindo oito mortes.

Muitas pessoas nas redes sociais criticaram o governo por não cancelar as orações semanas de sexta-feira e missas nas quais os fiéis se aglomeram em mesquitas e igrejas.

O Ministério de Assuntos Religiosos afirmou que fecharia todas as mesquitas por duas semanas “pela necessidade de preservar as almas”, mas permitirá que elas transmitam orações por meio de alto-falantes.

O Egito tem mais de 100.000 mesquitas.OMS alerta que jovens não estão "imunes" ao coronavírus; que podem transmitir e também morrer

Colômbia entrará em isolamento por 19 dias para conter expansão do coronavírus

BOGOTÁ (Reuters) - A Colômbia entrará em quarentena a partir da meia-noite de terça-feira, por 19 dias, em um esforço extremo para manter a população em casa e conter a expansão do coronavírus, anunciou o presidente Iván Duque na sexta-feira.

O país de 50 milhões de habitantes relatou até o momento 158 pessoas infectadas pelo Covid-19.

“Tomamos decisões drásticas, mas urgentes, para proteger a saúde dos colombianos”, disse Duque, em discurso pela rádio e televisão. “Nas próximas semanas, temos a oportunidade coletiva de desacelerar o coronavírus”.

“No desenvolvimento do Estado de Emergência, aplicaremos o isolamento preventivo obrigatório para todos os colombianos, entre a próxima terça-feira, 24 de março, às 23h59, até segunda-feira, 13 de abril, à meia-noite”, especificou o presidente.

Líderes políticos e tribunais superiores têm pedido insistentemente que Duque decretasse um confinamento obrigatório.

A Colômbia, que previamente declarou estado de emergência e fechou fronteiras terrestres, marítimas e fluviais, decidiu proibir, a partir de segunda-feira, a entrada de estrangeiros e cidadãos nacionais que viessem de outros países, e também cancelou todos os voos internacionais por 30 dias.

Além disso, ordenou que pessoas com mais de 70 anos permanecessem em suas casas até o fim de maio, suspendeu aulas em colégios e universidades, e proibiu shows com grandes públicos.

Embora Duque não tenha revelado detalhes, a ordem de isolamento contempla exceções para médicos, enfermeiros, efetivos das Forças Armadas, trabalhadores de empresas de segurança, supermercado e farmácias para garantir o abastecimento de alimentos e medicinas, disseram fontes do governo.

  • OMS alerta que jovens não estão "imunes" ao coronavírus; que podem transmitir e também morrer

GENEBRA (Reuters) - O coronavírus pode deixar doentes ou matar jovens, que também devem evitar transmití-lo para pessoas mais velhas e mais vulneráveis, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta-feira.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou em uma entrevista coletiva online: "Hoje tenho uma mensagem para os jovens: vocês não são invencíveis, esse vírus pode colocá-los no hospital por semanas ou até matá-los. Mesmo que você não adoeça, as escolhas que você faz sobre onde vai podem ser a diferença entre a vida e a morte para outra pessoa."

Em meio à escassez de equipamentos de proteção para profissionais de saúde e testes de diagnóstico, serão necessárias "pontes aéreas" para levar suprimentos para profissionais de saúde, disse o principal especialista em emergências da OMS, Mike Ryan.

A OMS distribuiu 1,5 milhão de testes de laboratório em todo o mundo, mas a demanda pode chegar a ser 80 vezes maior para o combate à pandemia, disse ele.

Em cenário inédito, areias de Copacabana ficam vazias com anúncio de suspensão de acesso à praia

  • Estátua de Ayrton Senna na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, 

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A praia de Copacabana, uma das mais famosas do Brasil, estava deserta na manhã desta sexta-feira depois da publicação de decreto que suspenderá o acesso para conter o coronavírus, uma imagem rara do ponto de lazer e turismo frequentado diariamente por milhares de pessoas.

A cena inédita para a cidade em um dia de sol chamou a atenção de quem passava pela orla. “Não adianta também as pessoas não irem às praias e se aglomerarem nas praças e locais públicos como eu tenho visto", disse à Reuters o engenheiro Antero Jorge, que promete não por o pé na areia para respeitar as restrições impostas pelo Estado.

“Nunca vi Copacabana assim em 15 anos de praia. Parece um deserto. Se antes já estava difícil por causa da economia ruim imagina agora", disse o ambulante Roberto Gomes.

O decreto fluminense não diz claramente quando o acesso será restrito, mas todas as medidas de isolamento que afetam o setor de transportes começam a vigorar a partir deste sábado.

A perspectiva é que a partir da zero hora comecem rondas e patrulhas na orla das praias do Rio para evitar aglomerações. No último domingo, milhares de pessoas foram às praias para curtir o dia de sol e calor e ainda houve manifestação em Copacabana.

Em Niterói, cidade da região metropolitana, os bloqueios às praias começaram nesta quinta-feira com agentes de segurança orientando banhistas e ainda foram instaladas faixas alertando sobre a interdição.

A Polícia Militar do Rio ainda está definindo o esquema de segurança na orla da zona sul e da zona oeste da capital.

Enquanto as areias da praia estão desertas, o calçadão da orla ainda tem algumas pessoas fazendo caminhada, pedalando ou correndo ao ar livre.

“Aqui na orla, não tem quase ninguém e muito menos gente do que no prédio ou na casa onde moro. Acho que o ar e a brisa da praia são melhores do que o ambiente fechado da minha casa", disse à Reuters o engenheiro florestal, Dagoberto Castro, de 68 anos de idade.

A economia da praia, que envolve ambulantes, vendedores de bebidas, sorvete e biscoitos e quiosques, já sente o baque do impacto causado pelo coronavírus e as regras de isolamento social. “Nós somos oito funcionários e não temos nada para fazer. Estamos olhando um para a cara do outro e sem vender quase nada", disse o funcionário de um quiosque em Copacabana.

A Prefeitura do Rio já começou a fechar esta semana alguns quiosques da orla por medida de segurança.

Fonte: Estadão Conteúdo/Reuters

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