Frente da Agropecuária defende relações com China após tuítes de Eduardo Bolsonaro
BRASÍLIA (Reuters) - A Frente Parlamentar da Agropecuária, composta por quase 300 congressistas, afirmou nesta quinta-feira que "deseja manter no mais alto nível as relações bilaterais entre Brasil e China", após publicação do deputado Eduardo Bolsonaro no Twitter na véspera ter gerado forte reação da embaixada chinesa.
Na rede social, o filho do presidente Jair Bolsonaro comparou a epidemia do vírus ao desastre nuclear de Chernobyl, na União Soviética, e afirmou que "a culpa é da China" pela disseminação da doença, que teve início no país oriental, acusando ainda os chineses de terem escondido informações sobre o problema.
O perfil oficial da Embaixada da China no Twitter rebateu e publicou que as palavras do deputado eram "extremamente irresponsáveis", acrescentando ainda que tal postura "está infectando as amizades entre os nossos povos".
"Declarações isoladas não representam o sentimento da nação ou de qualquer setor", afirmou a Frente da Agropecuária, em nota assinada por seu presidente, deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
"A China é parceira de longos anos do Brasil com quem temos excelente relação comercial e de amizade. Fica aqui também o nosso mais profundo desejo de união para combatermos o novo coronavírus juntos, sem maiores prejuízos à vida humana e às relações internacionais globais", acrescentou, em nota.
(Por Marcela Ayres)