Pico do coronavírus no Brasil deve ser entre abril e maio e perder fôlego até outubro, diz ministro
BRASÍLIA (Reuters) - A epidemia de coronavírus no país deve atingir seu ponto máximo entre os meses de abril e maio, quando o governo poderá adotar medidas mais restritivas de circulação, e deve começar a arrefecer entre agosto e setembro, previu nesta terça-feira o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
""Nós estamos imaginando que nós vamos trabalhar com números ascendentes, espirais em abril, maio, junho. Nós vamos passar aí 60 a 90 dias de muito estresse para que quando chegarmos ao fim de junho, julho, a gente imagina que entra no platô. Agosto, setembro a gente deve estar voltando desde que a gente construa a chamada imunidade de mais de 50% das pessoas", disse Mandetta.
Segundo o ministro, a adoção das medidas mais restritivas serão conversadas com os Estados, mas é necessário cuidado para que essa decisão não limite o abastecimento das cidades e criar um problema ainda maior para a população.
Dentre as medidas restritivas previstas em lei estão o isolamento compulsório de doentes e a quarentena.
A estimativa do ministério é que de 80% a 85% dos casos de coronavírus que serão registrados no país irão requerer apenas cuidados básicos, enquanto 15% podem exigir internação. Apesar de um percentual não tão alto, é acima do que o sistema de saúde está preparado para enfrentar.
Por isso, o ministério começa a montar nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul novos leitos de Unidades de Tratamento Intensivo. Mas, de acordo com Mandetta, serão necessários também muitos leitos regulares de hospitais, para comportar não apenas pessoas infectadas com o coronavírus, mas também com outras doenças, já que o sistemas de saúde estará sobrecarregado.
Para isso, o governo deve usar hospitais militares mas adequar escolas e outros locais para serem usados em casos emergenciais.
Segundo exame de Covid-19 de Bolsonaro dá negativo; Presidente divulgou a informação pelo Twitter
O presidente Jair Bolsonaro informou, na noite desta terça-feira (17) que testou negativo pela segunda vez para o novo coronavírus (Covid-19). Ele já havia feito o primeiro exame na semana passada, também com resultado negativo.
"Informo que meu segundo teste para Covid-19 deu negativo", informou o presidente em uma postagem no Twitter.
Bolsonaro, familiares e auxiliares que o acompanharam em viagem aos Estados Unidos, há pouco mais de uma semana, estão sendo monitorados e examinados depois da confirmação de que 14 integrantes da comitiva testaram positivo para o novo coronavírus.
O Ministério da Saúde contabiliza 291 casos de infecção pelo novo coronavírus no país. O total de casos suspeitos é de 8,8 mil.
Mandetta: nós só teremos paz em relação ao coronavírus quando tivermos vacina
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, sobre a pandemia do novo coronavírus, que "só teremos paz com vírus quando houver vacina". Segundo Mandetta, "vacinas não são soluções fáceis, mas são a melhor solução" para esse tipo de patógeno.
O ministro também celebrou o primeiro teste de uma possível vacina, nos Estados Unidos, em uma paciente voluntária. O ministro disse ainda que o país tem "características ímpares", com "muita dificuldade com os EPIs (equipamentos de proteção individual), testes e números". "Talvez, na parte da vigilância, o SUS tenha tido uma das melhores performances do mundo", disse Mandetta.
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