BC do Japão e bancos dos EUA juntam forças para aliviar estresse global de financiamento em dólar

Publicado em 17/03/2020 08:37

O banco central do Japão fez nesta terça-feira sua maior injeção de fundos em dólar desde 2008 e a Coreia do Sul também prometeu agir em breve conforme os principais bancos centrais e comerciais juntam forças para aliviar a escassez de financiamento em dólares nos mercados globais.

As medidas acontecem no momento em que bancos e empresas correm para assegurar seus volumes de dinheiro em dólares diante dos crescentes temores de um forte golpe a seus negócios devido à crise do coronavírus.

O Banco do Japão realizou operação de financiamento em dólar de 84 dias, a primeira após os bancos centrais concordarem nesta semana em oferecer crédito em dólar de três meses para aliviar os apertos de financiamentos.

A soma, de 30,272 bilhões de dólares, foi a maior desde que o banco do Japão ofereceu 30,584 bilhões de dólares em uma operação de financiamento de dólar de 84 dias em 2 de dezembro de 2008, na esteira das turbulências do mercado provocada pela crise financeira global. O banco central japonês também ofereceu 2,053 bilhões de dólares em uma operação de sete dias.

As restrições de financiamento podem diminuir gradualmente após grandes injeções de dólar pelo Banco do Japão e outros bancos centrais, disse Yusuke Ikawa, estrategista do BNP Paribas.

Autoridades do governo sul-coreano disseram à Reuters que anunciarão medidas na quarta-feira para aliviar as condições de financiamento em dólar nos mercados domésticos.

Nos Estados Unidos, os oito maiores bancos norte-americanos disseram que irão acessar conjuntamente fundos da chamada "janela de desconto" do Federal Reserve.

Os bancos disseram que enquanto estão fortes e bem capitalizados, a medida tem o objetivo de reduzir o estigma ligado a essa ferramenta de financiamento emergencial de juros baixos, depois de os bancos a evitarem após a crise financeira de 2008.

(Reportagem de Hideyuki Sano em Tóquio, Pete Schroeder em Washington e Elizabeth Dilts Marshall em Nova York e Cynthia Kim em Seul)

Fonte: Reuters

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