Donald Trump testa negativo para o coronavírus; Mais províncias chinesas ficam livres
Washington, 14 mar (Xinhua) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, testou negativo para o novo coronavírus, de acordo com um memorando divulgado pelo médico da Casa Branca Sean Conley na noite do sábado.
"Ontem à noite, após uma discussão aprofundada com o presidente sobre os testes da COVID-19, ele decidiu prosseguir", escreveu Conley no memorando. "Esta noite recebi a confirmação de que o teste deu resultado negativo."
Conley observou que Trump "permanece sem sintomas" uma semana depois de jantar com a delegação brasileira no resort Mar-a-Lago do presidente, na Flórida.
"Mantenho contato diário com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) e a Força-Tarefa contra o Coronavírus da Casa Branca, e estamos incentivando a implementação de todas as suas melhores práticas de redução da exposição e mitigação da transmissão", disse o médico da Casa Branca.
Durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira no Rose Garden, os repórteres perguntaram a Trump a razão dele ainda não ter sido testado depois de ter tido contato com um membro da delegação brasileira que testou positivo para o vírus.
Em uma coletiva de imprensa na Casa Branca no início do dia, Trump confirmou que foi testado para o vírus.
Por "excesso de cautela", a Casa Branca também começou a verificar as temperaturas de todas as pessoas em contato próximo com Trump e o vice-presidente Mike Pence, disse o secretário de imprensa da Casa Branca, Judd Deere, no sábado.
Os Estados Unidos relataram 2.726 casos da COVID-19 até sábado à noite, com pelo menos 54 mortes, de acordo com o Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade Johns Hopkins.
Presidente norte-americano Donald Trump ao discursar em entrevista coletiva na Casa Branca em Washington D.C. nos Estados Unidos, em 13 de março de 2020. (Xinhua/Liu Jie)
Mais províncias chinesas ficam livres de casos de COVID-19
Chongqing, 15 mar (Xinhua) -- O Município de Chongqing, no sudoeste da China, tornou-se o mais recente em um grupo de regiões de nível provincial que reduziu a zero o número de pacientes com COVID-19.
Após se recuperar, o último paciente com COVID-19 em Chongqing, um homem de 52 anos, recebeu alta de um hospital no distrito de Changshou por volta das 11h da manhã, reportou a comissão municipal de saúde.
Chongqing que registrou um total de 576 casos confirmados do novo coronavírus, incluindo seis mortes, não relatou novas infecções por 19 dias consecutivos.
Na tarde do sábado, a Província de Hunan, no centro da China, também testemunhou seu último paciente com COVID-19 sair do hospital.
A paciente de sobrenome Liu recebeu um buquê de flores e tirou uma foto em grupo com médicos e enfermeiros depois de ser liberada de um hospital em Changsha, capital de Hunan.
Tanto Chongqing como Hunan são vizinhos da província mais atingida, Hubei, e enfrentaram árduas tarefas para impedir uma transmissão generalizada nas comunidades locais.
De acordo com uma contagem inicial da Xinhua, 11 regiões de nível provincial no continente chinês estão livres de novas infecções pelo coronavírus após seus últimos pacientes com COVID-19 receberem alta hospitalar.
As 11 regiões incluem Tibet, Qinghai, Xinjiang, Shanxi, Yunnan, Fujian, Jiangsu, Jiangxi e Anhui, além das mais recentes adições de Hunan e Chongqing.
Uma cliente passa por medição da sua temperatura corporal antes de entrar em um restaurante de hot pot no distrito de Jiangbei, no sudoeste da China, Chongqing, 14 de março de 2020. (Xinhua/Wang Quanchao)
China relata 20 novos casos confirmados de COVID-19, com 10 mortes
Beijing, 15 mar (Xinhua) -- A Comissão Nacional de Saúde (CNS) reportou no domingo que recebeu a confirmação de 20 novos casos de infecção e o relato de 10 mortes pela doença do novo coronavírus (COVID-19) na parte continental da China no sábado.
Todos os quatro novos casos nativos confirmados e todas as mortes foram em Wuhan, capital da província e o epicentro do surto, informou a CNS.
Além disso, 39 novos casos suspeitos foram relatados, informou a comissão.
Também no sábado, 1.370 pessoas receberam alta hospitalar após a recuperação, enquanto o número de casos graves diminuiu em 384 para 3.226.
O total de casos confirmados no continente chinês atingiu 80.844 no final de sábado, incluindo 10.734 pacientes ainda sob tratamento, 66.911 pacientes curados e 3.199 óbitos.
A CNS informou também que 113 pessoas ainda são suspeitas de estarem infectadas com o vírus, acrescentando que no sábado, 1.409 pessoas foram liberadas e 10.189 contatos próximos seguem em sob observação médica.
Foram relatados 16 casos importados no continente no sábado. Entre eles, cinco em Beijing, quatro na Província de Zhejiang, três em Shanghai e Gansu e um na Província de Guangdong. Até o final de sábado, 111 casos importados foram relatados, informou a comissão.
Até o final de sábado, 141 casos confirmados, incluindo quatro mortes, foram relatados na Região Administrativa Especial de Hong Kong, 10 casos confirmados em Macau e 53 em Taiwan, incluindo uma morte.
Ao todo, 81 pacientes em Hong Kong, 10 em Macau e 20 em Taiwan receberam alta após recuperação da doença.
Um funcionário de um restaurante de hot pot entrega comida no Município de Chongqing, no sudoeste da China, em 13 de março de 2020. (Xinhua/Liu Chan)
Metade dos voos internacionais e 30% dos domésticos são cancelados no Brasil por causa do coronavírus
Rio de Janeiro, 14 mar (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou neste sábado que 50% dos voos internacionais e 30% dos voos domésticos foram cancelados pelas companhias aéreas devido ao novo coronavírus.
Segundo explicou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao portal G1, a tendência é de que o cancelamento de voos aumente nas próximas horas e chegue a uns 70% dos internacionais e a 50% dos nacionais.
O ministro admitiu que o governo está preparando um pacote de medidas para ajudar as companhias aéreas por conta do forte impacto financeiro dos cancelamentos de voos e da queda no transporte de passageiros em consequência do coronavírus.
Entre as medidas que serão anunciadas na próxima segunda-feira, se destacam a suspensão por três meses do pagamento de impostos sobre o combustível e da contribuição previdenciária das empresas aéreas, que deverão ser quitados a partir de outubro.
O governo também oferecerá linhas de crédito a longo prazo para que as empresas aéreas tenham condições de suportar a queda em suas receitas por conta do vírus.
Uma outra medida prevê a suspensão do pagamento das tarifas aeroportuárias com o mesmo objetivo de aliviar o caixa das empresas a curto prazo, já o reembolso para os passageiros que cancelarem suas viagens poderá ser pago em até 12 meses, e não de imediato, como é feito hoje.
O ministro assegurou que a preocupação não é apenas com as grandes companhias aéreas, mas também com as pequenas, que operam voos regionais para locais mais remotos do país e são as únicas que conectam os grandes centros com o interior do Brasil.