Dólar à vista volta a subir até R$ 4,5265 com Selic, PIB e exterior
O dólar no mercado à vista volta a subir e renovou máxima aos R$ 4,5265 (+0,33%) na manhã desta quarta-feira - máxima intraday histórica -, após uma queda pontual mais cedo à mínima de R$ 4,5040 (-0,17%). A retomada da alta, já registrada nos primeiros negócios, contraria o recuo persistente da divisa americana em relação a outras moedas emergentes no exterior e deve deixar o BC em alerta.
O avanço no mercado à vista é puxado pelo fortalecimento do dólar futuro de abril, que operava em baixa desde a abertura dos negócios e registrou máxima há pouco aos R$ 4,5350 (+0,24%).
O indutor da demanda é a perspectiva de corte da Selic e de manutenção de fraco diferencial de juros interno e externo, que afugenta investidores estrangeiros.
O diretor-superintendente da Correparti, Jefferson Rugik, diz que o índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, segue firme em alta porque o mercado não tem ideia ainda de como a epidemia de coronavírus vai afetar o crescimento econômico do planeta.
Aqui, Rugik afgirma que alta do Produto Interno Bruto (PIB) do 4º trimestre (0,5%) e de 2019 (1,1%), dentro do esperado, também pega, uma vez que "a nossa economia não dá sinais de recuperação firme". "Foi um crescimento ruim, com desaceleração no último quadrimestre ainda sem o problema do coronavírus", avalia.
Para ele, o dólar à vista só caiu um pouco mais cedo por causa das perdas da moeda americana ante divisas emergentes no exterior e em meio a vendas comedidas de exportadores.