Atividade de serviços da China despenca após coronavírus afetar vendas, mostra PMI do Caixin

Publicado em 04/03/2020 08:09

PEQUIM (Reuters) - O setor de serviços da China registrou seu pior mês na história em fevereiro uma vez que as novas encomendas despencaram para o nível mais baixo desde a crise financeira global, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.

O PMI final de serviços da China caiu para apenas 26,5 no mês passado ante 51,8 em janeiro. Foi a primeira queda abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração desde que a pesquisa começou quase 15 anos atrás.

A forte correção sugere que mais ação urgente é necessária para sustentar o setor, que inclui pequenos varejistas vulneráveis à crise do coronavírus.

A atividade empresarial quase paralisou uma vez que milhões de pessoas foram forçadas a permanecer em casa em meio a severas restrições de viagens enquanto muitos restaurantes, shoppings e cinemas permaneceram fechados.

"A estagnação do consumo em meio à epidemia do coronavírus teve um grande impacto no setor de serviços", disse Zhengsheng Zhong, diretor de análise macroeconômica do CEBM Group, em nota junto com a pesquisa.

O PMI de serviços da China mostrou a mais forte queda no volume de novos negócios desde novembro de 2008. A demanda diminuiu principalmente no país, mas as novas encomendas do exterior também caíram em relação ao mês anterior.

O PMI Composto do Caixin de indústria e serviços, também divulgado nesta quarta-feira, foi à mínima recorde de 27,5 em fevereiro, de 51,9 em janeiro.

(Reportagem de Yawen Chen e Ryan Woo)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar volta a subir ante o real com mercado de olho no Oriente Médio
Ibovespa fecha em queda com ajuste em Vale e receios fiscais
Taxas futuras de juros sobem com alta dos yields dos Treasuries e receios com o fiscal
Ações europeias caem conforme nervosismo sobre Oriente Médio reduz apetite por risco
Wall Street recua com dados econômicos e conflito no Oriente Médio em foco
Ibovespa recua mais de 1% com fiscal no radar e queda de Vale