Nesse momento o maior impacto é a volatilidade do mercado, diz Antônio da Luz

Publicado em 28/02/2020 11:37

Não é a chegada do Coronavírus no Brasil que derrubou a bolsa brasileira e elevou a taxa de câmbio, pois 10 em cada 10 especialistas sabiam que a dúvida não era se, mas quando teríamos o primeiro caso por aqui.

Da mesma forma sabe-se que os casos vão crescer muito, terão um pico e após irão paulatinamente cair. Sabe-se, também, que para 80% das pessoas que serão infectadas os sintomas não passarão dos semelhantes a um resfriado. Mas também não é isso que despenca as bolsas e elevam o câmbio.

O Brasil não está tendo movimento diferente no seu mercado financeiro na comparação com o que está acontecendo no mundo

O que de fato derruba as bolsas é a desaceleração da economia, resultado das mudanças na rotina das pessoas, das empresas e das dificuldades de se fazer comércio diante de um vírus de baixa mortalidade, mas de rápida disseminação, sem vacina, sem remédio e sempre com o risco de mutação para quadros mais graves.

Sempre os interesses da saúde estarão a frente dos econômicos e, por isso, todas as medidas necessárias serão tomadas.

Mas temos que ter consciência que elas impactam e muito a economia do mundo e o Brasil, no meio disso tudo, é só mais um país que será infectado pelo vírus e impactado pela economia.

Opinião de Antônio da Luz - Economista Chefe da Farsul / Representante do Agronegócio entre os economistas do Boletim Focus do Banco Central

Fonte: Antônio Da Luz

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar volta a subir ante o real com mercado de olho no Oriente Médio
Ibovespa fecha em queda com ajuste em Vale e receios fiscais
Taxas futuras de juros sobem com alta dos yields dos Treasuries e receios com o fiscal
Ações europeias caem conforme nervosismo sobre Oriente Médio reduz apetite por risco
Wall Street recua com dados econômicos e conflito no Oriente Médio em foco
Ibovespa recua mais de 1% com fiscal no radar e queda de Vale