Medo de vírus pressiona mercados da América Latina, peso argentino atinge mínima de 6 meses
O peso argentino atingiu uma mínima de seis meses nesta quarta-feira e a maioria das outras moedas latino-americanas continuou em queda movida pelo coronavírus, conforme o surto se espalhava por mais países.
Na volta da Argentina de um fim de semana prolongado, o peso caiu 0,4%, para 62,09 por dólar, enquanto o índice de ações Merval despencou 6,6%, ambos influenciados pelos mercados globais nesta semana.
O peso mexicano parecia estender as perdas para uma sexta sessão, com queda de 0,5% em relação a um dólar mais forte, enquanto o peso colombiano alcançou uma baixa de duas semanas.
"O clima no mercado é cauteloso conforme os participantes do mercado monitoram de perto a propagação do surto", disse Wilson Ferrarezi, economista da TS Lombard em São Paulo.
Os mercados brasileiros, que também retornam de um fim de semana prolongado, abriram às 13:00, horário local, por conta da quarta-feira de cinzas, em queda com o país relatando seu primeiro caso do vírus.
O dólar começou a primeira sessão da semana em alta contra o real, renovando máxima histórica acima de 4,41 reais, mesmo após o Banco Central anunciar dois leilões de swap tradicional extraordinários.
Já o Ibovespa despencava mais de 4% nos primeiros negócios.
"Para o Brasil, o vírus afetará a balança comercial, com um golpe nas exportações de commodities e uma queda nos preços das commodities prejudicando as receitas de exportação", completou Ferrarezi.
As ações do Chile caíram para uma mínima de três anos, com queda de 0,4%, enquanto a moeda teve ganhos.
O principal índice de ações da Colômbia subiu 0,5% após vendas generalizadas em quatro sessões, quando caiu quase 4%.