Sem Wall St, Ibovespa sobe com cena corporativa em foco; Carrefour Brasil sobe 5%

Publicado em 17/02/2020 11:19

O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, tendo a cena corporativa sob os holofotes, com Carrefour Brasil subindo 5% após anunciar a aquisição de lojas da rede Makro, e Magazine Luiza valorizando-se quase 3% depois de resultado trimestral.

A sessão também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações na primeira etapa, o que tende a melhorar o volume negociado, em pregão de menor liquidez, sem a referência de Wall Street por feriado nos Estados Unidos.

Às 11:05, o Ibovespa subia 0,36 %, a 114.797,06 pontos. O volume financeiro somava 3,7 bilhões de reais.

Do exterior, repercutia positivamente decisão do banco central da China de cortar juros sobre seus empréstimos de médio prazo, o que deve abrir caminho para uma redução na taxa primária de empréstimo (LPR), na quinta-feira.

A medida busca reduzir os custos e aliviar os apertos financeiros sobre empresas afetadas pela epidemia de um novo coronavírus no país, o que ajuda a aliviar preocupações com os efeitos do vírus na economia chinesa e seus reflexos globais.

"Após duas sessões de queda, o principal índice da bolsa brasileira é beneficiado pelo exterior", destacou a equipe da Elite Investimentos, atribuindo a melhora do humor no primeiro pregão da semana ao anúncio de estímulos pela China.

DESTAQUES

- CARREFOUR BRASIL ON avançava 5,08%, após anunciar no domingo a compra no Brasil de 30 lojas e 14 postos de combustíveis operados pelo Makro por um total máximo de 1,953 bilhão de reais. O Goldman Sachs considerou a aquisição estrategicamente positiva, citando entre outros fatores que permitirá ao Carrefour Brasil acelerar ainda mais o desenvolvimento de suas rede de atacarejo no Rio de Janeiro e Nordeste.

- MAGAZINE LUIZA ON subia 2,93%, uma vez que o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, um indicador do desempenho operacional da empresa, também conhecido como Ebitda, aumentou 41,2% no quarto trimestre ano a ano, para 499,1 milhões de reais. Analistas, em média, previam, Ebitda de 466 milhões de reais no período, conforme dados da Refinitiv. O lucro líquido ajustado somou 185,3 milhões de reais, queda de 0,5% ano a ano.

- VALE ON tinha alta de 2,14%, apoiada na alta dos preços do minério de ferro na China e tendo no radar que a mineradora Rio Tinto reduziu sua previsão de embarques de minério de ferro da região de Pilbara, na Austrália, como resultado da passagem do ciclone tropical Damien, que atingiu a costa oeste do país. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON subia 1,18%.

- COSAN ON caía 3,26%, no primeiro pregão após reportar resultado trimestral, com forte queda no lucro ajustado, para 392 milhões de reais entre outubro e dezembro de 2019, ante 730,3 milhões de reais no mesmo período de 2018. O Ebitda ajustado somou 1,373 bilhão de reais, ante 1,485 bilhão de reais no quarto trimestre de 2018.

- PETROBRAS PN tinha acréscimo de 0,07%, em sessão de fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo. PETROBRAS ON tinha variação positiva de 0,25%.

- BRADESCO PN cedia 0,18% e ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,06%, em sessão de pequenas oscilações das ações de bancos listadas no Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT mostrando acréscimo de 0,37%, BANCO DO BRASIL ON tinha variação negativa de 0,06% e BTG PACTUAL UNIT trabalhava quase estável.

- GPA PN avançava 2,14%, após a B3 aprovar a admissão da empresa em sua categoria Novo Mercado. "A migração para o Novo Mercado reforça o compromisso do GPA com elevados padrões de governança corporativa, além de poder permitir ao GPA ampliar sua base de potenciais investidores", disse a empresa no comunicado na sexta-feira à noite.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Gabinete Presidencial de Taiwan faz primeira simulação de mesa sobre emergência com China
Wall Street cai sob pressão de alta dos rendimentos dos Treasuries
Rússia rejeita apelo de Trump para trégua na Ucrânia, mas está pronta para negociações
Ibovespa oscila pouco nos primeiros negócios após Natal
China revisa para cima PIB de 2023 mas vê pouco impacto no crescimento de 2024
Dólar se reaproxima dos R$6,20 com temor fiscal e exterior; BC não atua
undefined