Wall St tem novas máximas após China agir para limitar impacto de vírus

Publicado em 06/02/2020 19:33

NOVA YORK (Reuters) - Os mercados acionários dos Estados Unidos registraram a quarta sessão consecutiva de ganhos nesta quinta-feira, com os principais índices de Wall Street atingindo máximas recordes em meio ao alívio das preocupações com as possíveis consequências econômicas do surto de coronavírus na China.

A China anunciou que vai reduzir pela metade as tarifas adicionais impostas a alguns produtos norte-americanos, o que é visto por analistas como um movimento que visa elevar a confiança após o surto de coronavírus no país asiático, que interrompeu negócios e desencadeou ampla volatilidade nos mercados.

"A principal coisa que todos ouvem, observam e analisam em termos de movimentação dos mercados tem sido o coronavírus", disse Jonathan Corpina, sócio-gerente sênior da Meridian Equity Partners. "As manchetes têm sido neutras ultimamente, e isso tem sido aceitável para os mercados."

Ajudando a ampliar o otimismo no mercado acionário, dados mostraram que o número de norte-americanos protocolando pedidos de auxílio desemprego caiu para uma mínima de nova meses na semana passada. Agora, investidores aguardam o relatório mensal de emprego dos EUA, que será divulgado na sexta-feira.

O índice Dow Jones teve alta de 0,3%, a 29.379,77 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,33%, para 3.345,78 pontos, e o Nasdaq Composto avançou 0,67%, para 9.572,15 pontos.

Entre os setores do S&P 500, os de serviços de comunicação e tecnologia tiveram as melhores performances, enquanto o de óleo e gás apresentou a maior retração.

Província de Hubei registra 69 novas mortes por coronavírus em 6 de fevereiro

PEQUIM (Reuters) - O número de mortes registradas na província chinesa de Hubei em decorrência de um surto de coronavírus aumentou em 69 na quinta-feira, atingindo um total de 618, segundo a televisão estatal do país.

Enquanto isso, a contagem de casos detectados em Hubei, epicentro do surto, avançou em 2.447 no período, chegando a 22.112.

Medicamento antiviral Remdesivir será aplicado em testes clínicos nesta quinta-feira, diz Xinhua

Beijing, 6 fev (Xinhua) -- O registro de testes clínicos do remédio antiviral Remdesivir foi aprovado e o primeiro grupo de pacientes com pneumonia infectados pelo 2019-nCoV deve começar a tomar o medicamento nesta quinta-feira, de acordo com uma conferência oficial realizada nesta quarta-feira.

A aprovação é apoiada conjuntamente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Comissão Nacional de Saúde e Administração Estatal de Produtos Médicos.

O Remdesivir é um medicamento desenvolvido pela Gilead Sciences, uma empresa farmacêutica americana, revelou Cao Bin, chefe do programa de testes clínicos do medicamento, na conferência realizada pelo MCT no Hospital Jinyintan de Wuhan, na Província de Hubei, centro da China.

O medicamento demonstrou boa atividade antiviral contra a SARS e o coronavírus da MERS em anteriores experimentos com células e animais. Foram realizados no exterior testes clínicos contra infecções pelo Ebola. Em pesquisas domésticas relacionadas, o Remdesivir também demonstrou bom desempenho antiviral contra o 2019-nCoV no nível celular, afirmou Cao.

Neste primeiro momento, 761 pacientes foram incluídos no programa, que adotará um método de estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo.

Os testes, liderados pelo Hospital da Amizade China-Japão e Instituto de Materia Medica da Academia Chinesa de Ciências Médicas (ACCM), serão realizados em vários hospitais de Wuhan, incluindo o Hospital Jinyintan.

Existe uma esperança sobre o medicamento, mas temos que esperar pelos resultados de sua eficácia real nos testes clínicos, destacou Wang Chen, vice-presidente da Academia Chinesa de Engenharia e presidente da ACCM.

Pequim proíbe reuniões de jantar para controle da epidemia

Beijing, 6 fev (Xinhua) -- Beijing publicou um anúncio para proibir reuniões de jantar como uma medida para fortalecer a prevenção e o controle do surto do novo coronavírus, segundo uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira.

O anúncio proíbe os prestadores de serviço de bufê e indivíduos de organizarem qualquer tipo de reuniões de jantar, disse Chen Yankai, vice-diretor do Departamento Municipal para Regulação de Mercado de Beijing.

Para aqueles já fizeram reservas para jantares, os prestadores de serviço de bufê devem entrar em contado com eles o mais breve possível e cancelar ou adiar imediatamente o evento, segundo o anúncio.

Para as áreas rurais, o anúncio estipula que jantares coletivos não têm permissão em qualquer forma durante a fase de prevenção e controle da epidemia.

Atualmente, há mais de 87 mil empresas de bufê em Beijing, e mais de 11.500 unidades de bufê estão ainda em operação, respondendo por cerca de 13% das empresas de bufê da capital chinesa.

A maioria das empresas com sede em Shanghai retomará o trabalho na próxima segunda-feira e são necessários mais preparativos.

As autoridades da cidade incentivaram as empresas a organizar horários flexíveis de trabalho e refeição para seus funcionários, a fim de evitar multidões e reuniões e usar soluções online em vez de reuniões, operações e negociações físicas.

Áreas especiais e esterilizadas podem ser estabelecidas nos salões de entrada dos edifícios comerciais para a recepção de visitantes.

Treinamento externo, conferências em larga escala e recrutamento dentro dos edifícios estão temporariamente cancelados.

Hospital construído em tempo recorde começa a receber pacientes infectados com coronavírus

(Xinhua/Xiao Yijiu)

Fonte: Reuters

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