Avanço do coronavírus na China eleva receio com demanda por agrícolas, diz banco

A disseminação do coronavírus na China também está contaminando o desempenho dos mercados agrícolas, na análise do Commerzbank. Segundo o banco, há temores de que a demanda por produtos agrícolas possa ser afetada se muitos chineses evitarem espaços públicos e reduzirem suas compras, visitas a restaurantes e festividades.

O banco ressalta que, com os relatos de avanço da doença no continente asiático, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) recuaram para baixo de US$ 9 por bushel, enquanto as cotações do milho romperam o suporte de US$ 4 por bushel e as de trigo rondam o patamar de US$ 5,5 por bushel.

"Anteriormente (as cotações dos grãos), haviam aumentado acentuadamente, apoiadas não apenas por preocupações emergentes de suprimento mas, presumivelmente, também pela reorganização por parte dos participantes do mercado orientados para o curto prazo", observa a analista de commodities de agrícolas do banco Commerzbank.

China detecta grande quantidade do novo coronavírus no mercado de frutos do mar em Wuhan

Beijing, 27 jan (Xinhua) -- Especialistas do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CCCPD) isolaram com sucesso o novo coronavírus (2019-nCoV) nas amostras ambientais de um mercado de frutos do mar em Wuhan, indicando que o vírus veio de animais selvagens vendidos no local.

Foi encontrado ácido nucleico do novo coronavírus em 33 das 585 amostras ambientais recolhidas no Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, segundo o Instituto Nacional para Controle e Prevenção de Doenças Virais subordinado ao CCCPD.

Em relatórios anteriores, especialistas avaliam que a distribuição geográfica dos casos de infecção em Wuhan indica uma relação estreita entre a epidemia e o mercado de frutos do mar.

Os pesquisadores do instituto tiraram as amostras em 1º e 12 de janeiro, de acordo com a instrução do CCCPD.

Entre as 33 amostras positivas, 31 foram recolhidas na zona oeste do mercado, onde se concentravam as tendas que vendiam animais selvagens. O resultado indica que o surto do novo coronavírus está altamente relacionado com o comércio de animais selvagens, afirmaram os especialistas.

O isolamento bem sucedido do novo coronavírus evidencia ainda mais que o Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan contém uma grande quantidade do 2019-nCoV, segundo os especialistas.

Medidas de controle da China sobre pneumonia terão efeito em 20 dias, diz especialista

Beijing, 27 jan (Xinhua) -- O ímpeto do surto epidêmico pode diminuir em 20 dias, com base nas medidas atuais de prevenção e controle da pneumonia causada pelo novo coronavírus (2019-nCoV). A avaliação é da renomada virologista Wen Yumei, da Academia Chinesa de Engenharia.

O aumento de casos confirmados recentemente resultou de pessoas infectadas pelo vírus há cerca de 20 dias, aponta ela, acrescentando que as medidas atuais devem prevenir futuras infecções.

O corpo humano criará gradualmente imunidade ao microorganismo, o que pode levar ao fim da epidemia, destaca Wen, também professora de um laboratório-chave sobre virologia molecular médica em Shanghai.

Observando que a maioria dos pacientes em estado crítico tem outras doenças existentes com distúrbios do sistema imunológico, Wen salienta que o público não precisa ficar em pânico, pois um grande número de pessoas infectadas se recupera com a ajuda do seu sistema imunológico.

No entanto, são necessárias medidas eficazes de autoproteção, como o uso de máscaras, porque a epidemia é infecciosa e sem sintomas típicos durante o período de incubação, alerta Cao Wei, vice-diretor do departamento de infecção do Hospital da Faculdade Médica União de Beijing. 

Agricultura do Brasil monitora situação global e orienta população

São Paulo, 27/01 - O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira que, junto com o Ministério da Saúde, está acompanhando a situação de emergência do Coronavírus, detectado em vários países. A pasta lembra que o coronavírus também pode causar infecções em animais.

--" Até o momento, com base nas informações disponíveis, não temos relatos do vírus em qualquer espécie animal. Ressaltamos ainda que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não fez nenhuma restrição de comercialização de produtos e de animais", destacou em nota.

"Ao visitar mercados ou feiras de venda de animais vivos, carnes, peixes ou produtos de origem animal frescos, recomendam-se medidas gerais de higiene e prevenção, como lavagem das mãos. Após tocar animais e produtos de origem animal, deve-se também evitar contato das mãos com olhos, nariz ou boca. Recomenda-se ainda evitar contato com animais doentes ou produtos animais deteriorados."