Dólar ganha força ante real acompanhando exterior com mercados de olho em vírus chinês

Publicado em 24/01/2020 10:34

Por Luana Maria Benedito

(Reuters) - O dólar iniciava a sexta-feira com leve alta em relação ao real, em meio à força da moeda norte-americana no exterior, com os investidores internacionais atentos ao noticiário sobre o surto de coronavírus na China.

Às 10:24, o dólar avançava 0,21%, a 4,1755 reais na venda. O dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,23%, a 4,1825 reais.

Na véspera, o dólar interbancário fechou em queda de 0,22%, a 4,1668 reais na venda.

Segundo Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, "o dólar está oscilando dentro de uma faixa entre 4,15 e 4,20, o que era previsto para o ano".

"O movimento de hoje é normal, sem grandes indicadores no radar, com o foco no noticiário internacional: no coronavírus e no Fórum Econômico Mundial de Davos", afirmou.

A China intensificou medidas para conter o vírus que matou 26 pessoas e infectou mais de 800, interrompendo o transporte público em 10 cidades e fechando templos durante o Ano Novo Lunar, assim como a Cidade Proibida e parte da Grande Muralha.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus uma emergência para a China na quinta-feira, mas optou por não classificar como epidemia de preocupação internacional, o que acalmou moderadamente o sentimento mundial.

No exterior, o alívio dos investidores impulsionava o dólar contra divisas consideradas seguras, como o iene japonês e o franco suíço, enquanto o índice da moeda norte-americana subia 0,21%.

O dólar forte nos mercados internacionais deixava alumas das principais divisas arriscadas -- como o dólar australiano, o peso mexicano e a lira turca -- em queda.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar à vista cai após Moody's elevar nota do Brasil
Ibovespa fecha em alta com ajuda de Moody's e commodities
Taxa futuras de juros caem após Moody's elevar nota de crédito do Brasil
Juros estavam "fora de sincronia" antes de corte do Fed e luta contra inflação ainda não terminou, diz Barkin
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$4,565 bi em setembro até dia 27, diz BC
Alta de papéis de energia compensa temores com Oriente Médio e mercado europeu fecha estável