Iuan tem pouca movimentação e índices da China caem após assinatura de Fase 1 de acordo

Publicado em 16/01/2020 08:28

O iuan manteve-se estável enquanto as ações da China recuaram nesta quinta-feira após a assinatura da Fase 1 do acordo comercial com os Estados Unidos, com os mercados financeiros adotando a cautela já que muitas questões continuam sem solução.

O acordo comercial parcial assinado na quarta-feira ainda manteve as tarifas impostas pelos dois lados ao longo dos últimos 18 meses, enquanto diferenças estruturais que levaram ao conflito não foram abordados.

O iuan terminou a sessão doméstica a 6,8850 por dólar, ganho de 0,07% no dia e maior fechamento desde 30 de julho. O alívio de que a Fase 1 do acordo foi finalmente assinada e uma orientação mais forte do banco central ajudaram a sustentar a moeda depois de flertar com pequenas perdas à tarde.

O Banco do Povo da China determinou o ponto médio de fixação para a banda diária de negociação em 6,8807 por dólar na quinta-feira, nível mais firlme desde 26 de julho e ante 6,8845 na véspera.

No mercado externo, o iuan tinha leve alta de 0,1%, a 6,8846 por dólar. A moeda chegou a atingir 6,8662 por dólar, patamar mais elevado desde 26 de julho, na terça-feira.

O mercado acionário chinês, que também tinha avançado devido ao otimismo com a trégua comercial, mostrou pouco entusiasmo com a assinatura do acordo. Embora o acordo tenha ajudado a melhorar a confiança empresarial, ele deve dar apenas um impulso modesto para a economia.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,42%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,52%.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,07%, a 23.933 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,38%, a 28.883 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,52%, a 3.074 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,42%, a 4.149 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,77%, a 2.248 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,21%, a 12.066 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,65%, a 3.278 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,67%, a 7.041 pontos.

Bolsas da Ásia e da Europa caem após acordo, pois tarifas continuam

São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, à medida que investidores ainda digeriam detalhes do acordo comercial preliminar que EUA e China assinaram ontem em Washington. 

Nos negócios da China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,52% hoje, a 3.074,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,15%, a 1.811,57 pontos. Por outro lado, o Hang Seng subiu 0,38% em Hong Kong, a 28.883,04 pontos. 

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve alta marginal de 0,07% em Tóquio, a 23.933,13 pontos, sustentado por ações do setor farmacêutico, e o sul-coreano Kospi avançou 0,77% em Seul, a 2.248,05 pontos, impulsionado por papéis de tecnologia e de montadoras, mas o Taiex registrou baixa de 0,21% em Taiwan, a 12.066,93 pontos.

Autoridades dos EUA e da China descreveram o acordo comercial "de fase 1" formalizado ontem como um passo adiante no sentido de revolver sua disputa comercial, que se arrasta desde meados de 2018.

Além disso, o vice-presidente americano, Mike Pence, declarou que a Casa Branca já começou discussões sobre a "fase 2" do pacto comercial com a China.

Incertezas, no entanto, persistem sobre a disposição dos EUA de futuramente reverterem tarifas adicionais que continuam em vigor contra produtos chineses.

Investidores na Ásia aguardam agora os últimos números do Produto Interno Bruto (PIB) da China, assim como indicadores de produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos, que serão divulgados às 23h (de Brasília) desta quinta.

Após a cerimônia de assinatura do acordo em Washington, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He disse à mídia estatal que o PIB da China teve expansão "de mais de 6%" em 2019 e se mostrou confiante em relação ao desenvolvimento da segunda maior economia do mundo no longo prazo.

Bolsas europeias caem majoritariamente, com reação contida a acordo EUA-China

São Paulo - Depois de uma abertura predominantemente positiva, a maioria das bolsas europeias opera em baixa na manhã desta quinta-feira, com investidores reagindo de forma contida ao acordo comercial preliminar assinado entre EUA e China.

O presidente dos EUA, Donald Trump, firmou ontem um acordo comercial de "fase 1" com a China que vai retirar algumas das tarifas impostas a produtos um do outro e que prevê maiores compras de bens agrícolas americanos pelos chineses.

Embora o pacto busque reverter algumas das polêmicas práticas comerciais da China, muitos dos problemas estruturais do conflito comercial que teve início em meados de 2018 continuam sem solução.

Segundo o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, o governo americano já começou discussões sobre a "fase 2" do pacto comercial com a China. Há dúvidas, porém, sobre a disposição da Casa Branca de futuramente rever tarifas adicionais que continuam em vigor contra produtos chineses.

Investidores na Europa também estão atentos ao desempenho da China, a segunda maior economia do mundo. No fim da noite de hoje, está prevista a divulgação dos últimos números do Produto Interno Bruto (PIB), da produção industrial, das vendas no varejo e dos investimentos em ativos fixos do gigante asiático.

Após a cerimônia de assinatura do acordo, em Washington, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He disse à mídia estatal que o PIB da China teve expansão "de mais de 6%" em 2019.

Esvaziada, a agenda de indicadores europeus de hoje trouxe apenas os números finais de inflação da Alemanha, que confirmaram estimativas preliminares. A taxa anual de inflação ao consumidor da maior economia da Europa acelerou de 1,1% em novembro para 1,5% em dezembro. Em 2019, a taxa média de inflação alemã foi de 1,4%.

Ainda na Alemanha, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, faz discurso a partir das 15h (de Brasília).

Às 7h35 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,45%, a de Frankfurt recuava 0,17% e a de Paris tinha baixa marginal de 0,01%. Já a Bolsa de Milão subia 0,17%, mas as de Madri e de Lisboa tinham perdas de 0,11% e 0,08%, respectivamente. No câmbio, o euro avançava levemente, a US$ 1,1159, de US$ 1,1152 no fim da tarde de ontem, e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,3056, ante US$ 1,3027 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.

Na Oceania, a bolsa australiana não apenas ficou no azul como fechou em nova máxima histórica pelo terceiro pregão seguido. O S&P/ASX 200 avançou 0,67% em Sydney, a 7.041,80 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

 

 

Fonte: Reuters

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